Dissertações/Teses

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2023
Dissertações
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  • RAFAEL HENRIQUE DE ALMEIDA FERREIRA
  • PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES DE CARNE E APLICAÇÃO DE UM REGULAMENTO TÉCNICO DE BOAS PRÁTICA ESPECÍFICAS PARA O COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES E AVALIAÇÃO DA HIGIENIZAÇÃO PELA TÉCNICA DE ATP BIOLUMINESCÊNCIA.

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 10/01/2023
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  • Garantir a segurança de carnes é um desafio devido à alta perecibilidade deste alimento. A Resolução SES-MG 7123/2020 foi elaborada para adequar os estabelecimentos varejistas de carne e assim obter produtos com melhor qualidade. Este estudo objetivou fazer uma revisão bibliográfica sobre microbiota endógena e contaminante de carne, avaliar, por meio de questionário on-line, a percepção de consumidores que adquirem carne em comércios varejistas em relação à qualidade do produto e avaliar as condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos varejistas de carne da cidade de Barroso-MG e intervir em busca de melhorias. Para a realização da pesquisa on-line, foi aplicado um formulário do Google Formulários aos consumidores com perguntas relacionadas às práticas higiênico-sanitárias dos estabelecimentos. A lista de verificação da Resolução SES/MG no 7123/2020 foi aplicada antes e após as intervenções, sendo os dados obtidos convertidos em percentuais de conformidade e não conformidade e os estabelecimentos classificados em grupo 1, 2 ou 3. Foram coletadas amostras utilizando-se a técnica do ATP- bioluminescência de superfície (placa), utensílio (faca), equipamento (máquina de moer carne) e mãos dos manipuladores que manuseiam a carne antes e após os procedimentos rotineiros de higiene. O conhecimento dos colaboradores quanto às boas práticas de fabricação foi avaliado. Realizou-se um comparativo das médias dos resultados de ATP-bioluminescência (Log URL) a partir do Teste t para dados pareados à 5% de probabilidade. De acordo com a pesquisa on-line, somente 7% dos 400 respondentes estão totalmente satisfeitos (nota 10) com os açougues de suas respectivas cidades. Os consumidores indicaram que a higiene é primordial em comércios varejistas de carnes e os aspectos visíveis nos estabelecimentos foram mais reportados quando comparados com documentação, alvará sanitário ou selo de inspeção nas carnes. Quanto à lista de verificação, antes das instruções todos os oito estabelecimentos se enquadraram no grupo 2 e após as orientações, somente dois passaram para o grupo 1. Dos 14 colaboradores avaliados, quatro atingiram porcentagem de acertos acima da média (>77%), estes possuíam capacitação na área de alimentos ou curso superior. Apenas dois estabelecimentos (4 colaboradores) participaram da capacitação e atingiram 100% de acertos na reaplicação da avaliação. Antes das orientações, todas as amostras coletadas foram consideradas em condições higiênicas insatisfatórias. Após as orientações, duas foram consideradas em condições higiênicas satisfatórias, e seis em condições de alerta. Após a intervenção houve redução (p<0,05) nos valores de log URL em 4 estabelecimentos para as amostras mão e moedor. Percebe-se falta de fiscalização e punição pela vigilância sanitária municipal, pois a maioria dos estabelecimentos apesar de possuírem o alvará sanitário apresentaram várias não conformidades.

2
  • VANESSA CRISTINA DE PAULA LAGE
  • DESENVOLVIMENTO DE FARINHA DE CASCA DE BANANA MADURA E SEU POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE PÃO DE MEL NO MUNICÍPIO DE TRAJANO DE MORAES/RJ

  • Orientador : ANDRE NARVAES DA ROCHA CAMPOS
  • Data: 10/03/2023
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  • A desnutrição, a fome e o desperdício são fatores que crescem constantemente no mundo. Utilizar as cascas de frutas é uma alternativa para solucionar esse desafio e gerenciar o subproduto descartado por algumas agroindústrias de alimentos de forma inapropriada. Este descarte ocasiona grande impacto ambiental, embora as pesquisas sobre tal aproveitamento salientem que as cascas das frutas são ricas em nutrientes e possuem potencial para agregar valor nutricional aos alimentos. Diante disso, a proposta do presente trabalho foi avaliar a intenção de aproveitamento por produtores/agroindústria da casca da banana madura, a percepção dos consumidores em geral sobre o consumo de produtos elaborados a partir da farinha de casca de banana madura (FCBM) e incentivo da secretaria de educação e prefeitura do município de Trajano de Moraes/RJ acerca do seu processo de obtenção, bem como análises nutricional e físico-química e seu potencial para utilização em formulações de pão de mel e a partir disso, com substituição parcial de farinha de trigo. A pesquisa de percepção de potenciais consumidores indicou que 91% dos respondentes consumiriam pão de mel adicionado de farinha de casca de banana. Dos produtores do município de Trajano de Moraes, 40% indicaram que produziriam a farinha, caso tenha para onde vender o produto desenvolvido a partir dessa matéria-prima, sendo o fator de comercialização importante para esta decisão. O poder público municipal indicou que apoiaria a iniciativa, e que seriam alimentos passíveis de aquisição pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Considerando este contexto, a análise econômica indicou que o processamento da farinha para produção de pão de mel pode ser interessante para produtores que já possuem a agroindústria de doces instalada podendo trazer retorno em 12 meses. Quanto ao processamento da farinha, dos três tratamentos da casca testados (controle, branqueamento e a utilização de ácido cítrico), o tratamento com ácido cítrico (32,4%) e o controle (34,68%) apresentaram maior luminosidade e os maiores percentuais de cinzas, ou seja, valores significativos, p< 0,05. O tratamento com branqueamento apresentou a menor acidez (0,163%), promoveu o maior percentual de lipídeos (5,67%), diferindo estatisticamente (P>0,05) das demais amostras. A farinha apresentou rendimento significativo (15%) e se destacou pelo conteúdo de compostos fenólicos (entre 3185 mg AGE 100 g-1 a 3303 mg AGE 100 g-1), além de ter tido resultado significativo estatisticamente em relação a capacidade antioxidante (entre 2568 μmol Trolox g-1 a 2683 μmol Trolox g-1). A farinha processada e tratada com ácido cítrico foi utilizada para produção do pão de mel em substituição à 0, 15 e 30% da farinha de trigo. Os pães de mel estavam aptos para o consumo por se apresentarem de acordo com a legislação para as análises microbiológicas. A análise sensorial demonstrou que não houve diferença entre os pães controle e aqueles contendo 15% de FCBM em substituição à farinha de trigo. Dessa forma, a FCBM é um ingrediente que oferece diversas possibilidades para a indústria alimentícia, incluindo novas formulações, como o pão de mel. Estes estudos serão importantes para subsidiar os produtores do município de Trajano de Morais quanto à possibilidade de investir no aproveitamento deste subproduto agroindustrial, contribuindo para a qualidade ambiental e para a geração de emprego e renda.

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  • PRISCILA RENATA DA COSTA
  • PARÂMETROS DE QUALIDADE ÉTICA E DE CARNE EM ABATE DE BOVINOS NUMA PLANTA FRIGORÍFICA COMERCIAL DE PEQUENO PORTE

  • Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
  • Data: 21/03/2023
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  • O conceito de qualidade é comumente relacionado a aspectos intrínsecos da carne, no entanto, alguns autores já o definem sob aspectos que também englobam o bemestar do animal, denominando-se qualidade ética, e fatores que possam influenciá-la precisam ser avaliados. Diante o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do grupo racial e do sexo sobre indicadores de qualidade ética de abate e qualidade de carne de bovinos em uma planta frigorífica comercial de pequeno porte localizado na macrorregião de São João Del-Rei/MG. Avaliou-se 1387 bovinos, de diferentes grupos raciais e sexo entre os meses de junho a dezembro de 2021. Após os animais serem submetidos à insensibilização por pistola pneumática de dardo cativo penetrante (DALPINO® ) foram observados a pressão da pistola, quantidade de disparos efetuados em cada animal, local de aplicação do disparo e sinais de consciência (vocalização, reflexo de endireitamento, reflexo palpebral e respiração rítmica). Avaliou-se o pH das carcaças 1 hora, 3 horas e 5 horas após abate e 24 horas após o resfriamento com o uso do pHmetro digital portátil para análise de semissólidos (AKSO® ). Realizou-se a mensuração da cor das carcaças 24 horas após o abate por método subjetivo através de comparação da cor com padrão BCS (AUS-MEAT e USDA). Calculou-se a capacidade de retenção de água (CRA) pelo método gravimétrico sem aplicação de força. O método dos modelos mistos gerais foi utilizado e o nível de significância estatística assumido foi de 5% e, em caso de efeitos estatisticamente significativos, o teste de Tukey foi utilizado para comparações múltiplas. Em relação a qualidade ética, os resultados sugerem diferenças na eficiência e qualidade da insensibilização de bovinos, sendo zebuínos melhor insensibilizados que taurinos e mestiços, e machos castrados do que machos inteiros e fêmeas. Em relação a qualidade de carne, os valores para cor, pH e CRA estiveram entre os limites considerados normais para carne bovina. Entretanto, esses resultados são preliminares e valem como ponto de partida para aprofundar o assunto em estudos futuros, uma vez que a variável idade não foi isolada na pesquisa. Quando se trata de uma planta de abate de pequeno porte há grande dificuldade na qualificação de recursos humanos e financeiros envolvidos, da logística, e da cultura de qualidade da empresa. Principalmente quando se trata de bem-estar animal e sua relação com a qualidade da carne. Após o desenvolvimento deste trabalho, foi possível implementar e adequar na rotina da indústria medidas de monitoramento dos animais abatidos, e da qualidade das carcaças, de modo a criar estratégias de crescimento e melhorias contínuas em busca de atender aos parâmetros de bem-estar animal e de qualidade de carne.

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  • CAMILA HORTA GAUDERETO RODRIGUES
  • APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ON-LINE E INCORPORAÇÃO DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS EM QUEIJO MINAS PADRÃO

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 24/03/2023
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  • Os queijos adicionados de probióticos se destacam entre os alimentos funcionais, pois podem protegê-los, desde a fabricação, até a passagem pelo trato gastrointestinal (TGI). Objetivou-se avaliar a viabilidade de inserção de probióticos em queijo Minas Padrão por meio da aplicação de questionário aos consumidores, além de desenvolver e caracterizar queijo Minas Padrão adicionado de Lactobacillus acidophilus L10, Lacticaseibacillus casei L26 e Bifidobacterium lactis B94. Primeiramente, foi elaborado e aplicado um questionário on-line contendo perguntas sobre os dados socioeconômicos, sociodemográficos, informações sobre a frequência do consumo de queijos, queijo Minas Padrão, probióticos e seus benefícios. Posteriormente, os queijos foram produzidos e as culturas probióticas L. acidophilus L10, L. casei L26 e B. lactis B94 foram adicionadas em quantidades de 108 células/mL de leite. As análises foram realizadas nos tempos 0, 20, 40, 60, 80 e 100 dias. Constatou-se que 99,4% (n=528) dos participantes consumiam queijos e que 55,5% (n=295) o consumiam pelo menos uma vez ao dia, sendo o fator preço o principal limitante de consumo do produto. Dos entrevistados, 98,3% (n=522) conheciam o queijo Minas Padrão e 49% (n=260) o consumiam de duas a quatro vezes na semana, sendo o consumo influenciado positivamente pela escolaridade (p=0,04) e renda (p=0,01). O conhecimento acerca de probiótico foi relatado por 84,9% (n= 451) dos participantes e a escolaridade foi um fator determinante nesse esclarecimento (p=0,0001). O fator renda influenciou (p=0,01) a intenção de pagar pelo queijo adicionado de probiótico em um valor de até 15% em relação ao valor de mercado do queijo tradicional. Além disso, os indivíduos com idade ≤ 40 anos demostraram maior intenção na aquisição de queijo Minas Padrão probiótico (p= 0,0042). De forma geral, a adição de probióticos e o tempo de armazenamento não influenciaram (p>0,05) as características físico-químicas e cor instrumental dos queijos. Entretanto, constatou-se aumento (p<0,05) do índice de extensão de maturação nos queijos dos tratamentos controle e adicionados de L. acidophilus L10 e no índice de profundidade de maturação nos queijos dos tratamentos controle e adicionados de L. acidophilus L10 ou de B. lactis B94. Em relação ao perfil de textura, a adesividade dos queijos adicionados de L. casei L26 aumentou (p<0,05) e a elasticidade reduziu (p<0,05) nos tratamentos contendo L. acidophilus L10 e L. casei L26. A contagem de bactérias do fermento lático mesofílico no tratamento controle reduziu (p<0,05) ao longo do armazenamento. Por outro lado, os queijos adicionados de L. acidophilus L10 ou de L. casei L26 apresentaram contagens médias desses probióticos acima de 7,99 log UFC/g, enquanto a contagem média de B. lactis B94 logo após o processamento foi de apenas 3,66 log UFC/g, ocorrendo aumento (p<0,05) ao longo do tempo, alcançando aos 100 dias de armazenamento 7,59 log UFC/g. Os três microrganismos quando veiculados individualmente em queijo Minas Padrão e submetidos à simulação do TGI in vitro não apresentaram contagem suficiente para exercerem o papel de probióticos, quando considerado o consumo de uma porção de 30 g desse queijo. De acordo com a avaliação sensorial, o tratamento adicionado de B. lactis B94 apresentou melhores nota para impressão global e intenção de compra aos 20 dias, enquanto L. acidophilus L10 foi o menos aceito aos 20 e 40 dias de armazenamento. No entanto, os quatro tratamentos apresentaram índice de aceitabilidade acima de 70%, o que é considerado satisfatório em relação às características sensoriais. Portanto, a escolha de estirpes de probióticos a serem utilizadas no queijo Minas Padrão deve ser realizada com cautela, pois a mesma deve resistir ao TGI e não ocasionar alterações sensoriais indesejáveis nesse alimento.

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  • JUSCINELE FRANCISCA VIEIRA CALSAVARA
  • APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ON-LINE, DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO ADICIONADO DE PROBIÓTICOS E ELABORAÇÃO DE BOLETIM TÉCNICO

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 27/03/2023
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  • Os queijos são considerados carreadores adequados de probióticos devido à proteção aos mesmos durante a passagem pelo trato gastrointestinal (TGI), sendo que o queijo Prato destaca-se entre os derivados lácteos consumidos no Brasil. Este trabalho objetivou desenvolver e aplicar questionário on-line a fim de identificar o perfil dos respondentes, conhecimento, consumo e preferência em relação a queijos, queijo Prato e probióticos e, desenvolver queijo Prato controle e adicionado de bactérias probióticas, além de elaborar boletim técnico de produção de queijo Prato adicionado de Lacticaseibacillus casei L26. Inicialmente, um questionário contendo perguntas de múltipla escolha e discursivas sobre os dados socioeconômicos e sociodemográficos foi aplicado a 531 respondentes. Informações acerca do consumo e frequência do consumo de queijos, queijo Prato, probióticos e seus benefícios foram obtidas. Além disso, uma nuvem de palavras foi criada para demonstrar a percepção dos respondentes em relação aos motivos para consumo de probióticos. Posteriormente, os queijos foram elaborados, sendo as culturas probióticas adicionadas, individualmente, em quantidades de 108 células/mL de leite e as amostras avaliadas quanto às características físico-químicas, cor e textura instrumental, microbiológicas, de viabilidade e de resistência in vitro dos probióticos ao TGI e sensorial durante o armazenamento. Em relação ao consumo de queijo, 99,4% (n=528) dos respondentes relataram que consumiam esse alimento, 98,0% (n=520) conheciam o queijo Prato, sendo esse conhecimento influenciado pelo nível de instrução e renda. Em relação a possuir conhecimento acerca de probióticos, 84,9% (n= 451) afirmaram conhecer esse termo. A contribuição com a saúde intestinal foi o fator mais destacado na nuvem de palavras na escolha de um alimento probiótico. Em relação à oferta de queijo probiótico no mercado, 92,8% (n=493) dos respondentes disseram achar interessante e 83,4% (n=443) possuíam curiosidade em consumir esse alimento. A Região e Estado (Minas Gerais) influenciaram na percepção dos respondentes sobre a oferta de queijos probióticos. Os indivíduos do sexo biológico feminino apresentaram interesse sobre o desenvolvimento de queijo Prato probiótico. Dos respondentes, 70% (n=372) pagariam entre 5% e 10% a mais nesse queijo. A adição das culturas probióticas e o tempo de maturação não influenciaram (p>0,05) as características físico-químicas, a cor instrumental e o perfil de textura dos queijos. Por outro lado, o tempo de armazenamento influenciou (p<0,05) o índice de extensão da maturação dos queijos adicionados de L. casei L26 ou de Bifidobacterium lactis B94. A contagem das bactérias da cultura starter usada na produção do queijo Prato do tratamento controle reduziu (p<0,05) ao longo do armazenamento entre 7,0 e 10,0 °C. Por outro lado, os queijos adicionados de Lactobacillus acidophilus L10 ou de L. casei L26 apresentaram contagens médias dessas bactérias acima de 8,26 log UFC/g, sendo as mesmas mantidas (p>0,05) ao longo dos 100 dias de armazenamento. A contagem de B. lactis B94 aumentou (p<0,05) ao longo do armazenamento, atingindo valor mínimo para ser considerado potencialmente probiótico aos 50 dias. Em relação à simulação in vitro ao TGI, os queijos adicionados de L. casei L26 foram considerados probióticos, uma vez que acima de 106 UFC dessa bactéria resistiu (p<0,05) às condições do TGI quando uma porção de 30 g de queijo Prato armazenado até 40 dias entre 7 °C e 10 °C for ingerida. Por outro lado, B. lactis B94 resistiu (p<0,05) ao TGI simulado in vitro apenas aos 100 dias de armazenamento e L. acidophilus L10 não resistiu (p>0,05) à simulação in vitro do TGI quando veiculado no queijo Prato. A adição de L. casei L26 alterou (p<0,05) as características sensoriais do queijo Prato, sendo constatado sabor amargo. No entanto, durante os 50 dias iniciais de armazenamento, os queijos desse tratamento apresentaram índice de aceitabilidade maior que 70%. As amostras adicionadas de L. acidophilus L10 ou de B. lactis B94 aos 25 e 50 dias de armazenamento também apresentaram bons índices de aceitabilidade. Portanto, a utilização de probióticos em queijo Prato pela indústria de laticínios pode ser exitosa para a diversificação de seus produtos com apelo funcional a fim de atender à demanda dos consumidores vinculada a saudabilidade e bem-estar. Entretanto, a escolha da estirpe de probiótico a ser utilizada deve ser realizada com cautela para que a mesma resista ao TGI e não ocasione alterações sensoriais indesejáveis no alimento.

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  • THAMIRIS CARLA CAMPOS SANTOS
  • ANTEPASTO DE ERVILHA ENRIQUECIDO COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS: elaboração, caracterização e avaliação in vitro e in vivo com idosos institucionalizados

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 19/04/2023
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  • Objetivou-se neste estudo elaborar antepasto à base de ervilha, enriquecido com bactérias probióticas, bem como avaliar as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais do produto obtido, além da resistência de L. plantarum LP299v ao trato gastroinstetinal (TGI) in vitro e a influência deste sobre fatores associados à constipação intestinal in vivo. Os antepastos de ervilha controle e adicionados dos probióticos mantidos refrigerados por 14 dias foram avaliados quanto ao pH, acidez, cor, proteína, viabilidade dos probióticos, fungos filamentosos e leveduras, Enterobacteriaceae e Escherichia coli. Foi avaliada a sobrevivência de L. plantarum ao ao trato gastroinstetinal (TGI) in vitro, além da avaliação sensorial por consumidores do campus Rio Pomba e por idosos institucionalizados. Fatores associados à constipação intestinal em idosos institucionalizados foram avaliados por estudo in vivo segundo os critérios de Roma III antes e após o consumo dos antepastos controle e contendo L. plantarum. O antepasto controle apresentou maior pH em comparação aos antepastos probióticos (p<0,05), mas o tempo não interferiu nessa característica. Não houve diferença (p>0,05) de acidez, luminosidade (L*) e da coordenada b* entre os diferentes antepastos e ao longo do tempo de estocagem. O percentual de proteína do antepasto controle foi maior comparado ao adicionado de L. rhamnosus GG (p<0,05). L. plantarum apresentou melhor viabilidade (p<0,05) no produto (8,24 Log UFC. g-1) comparado a L. rhamnosus (7,09 Log UFC. g-1) e o antepasto esteve seguro para consumo. No ensaio in vitro de resistência gastrointestinal, considerando o consumo de uma porção de 10 g, logo após o processamento, aproximadamente, 6,0 Log UFC/g de L. plantarum LP299v chegaria viável na porção final do TGI, estando disponível para promover potenciais benefícios ao consumidor, enquanto ao final dos 14 dias de estocagem, aproximadamente 5,0 Log UFC/g chegaria viável, havendo redução de, 1,0 ciclo Log, sugerindo o consumo do produto no início da vida de prateleira. Foram atribuídas notas médias entre 7,0 (gostei moderadamente) a 8,0 (gostei muito) para os atributos avaliados na análise sensorial com os consumidores e idosos institucionalizados. A prevalência de constipação autorreferida foi de 40% nos idosos avaliados. Quanto aos critérios de Roma III, verificou-se que o antepasto de ervilha, independente do tratamento (adicionado ou não de L. plantarum), auxiliou nas evacuações. A maioria dos idosos não apresentou esforço para evacuar após o consumo e, em ambos os grupos (que recebeu produto controle e contendo probiótico), a maioria também não apresentou fezes grumosas ou duras. Todos os idosos avaliados apresentaram alterações positivas dos tipos de fezes após o consumo dos antepastos, segundo a Escala Fecal de Bristol. Portanto, a ervilha é uma alternativa promissora para elaboração de produtos não lácteos probióticos com apelo funcional, podendo ser inserida em preparações alimentícias de idosos.

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  • LUCIENE DIAS SANTOS SILVA
  • DESENVOLVIMENTO DE PÃO DOCE ISENTO DE GLÚTEN E LACTOSE ENRIQUECIDO COM ORA-PRO-NÓBIS: avaliação físico-química, potencial funcional e sensorial

  • Data: 28/04/2023
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  • O enriquecimento de alimentos por meio da utilização de plantas alimentícias não convencionais, como ora-pro-nóbis (OPN), pode ser uma interessante estratégia para atender a demanda dos consumidores por alimentos saudáveis. Desta forma, esse estudo objetivou desenvolver pão doce isento de glúten e lactose enriquecido com OPN e avaliar a qualidade físico-química, funcional e sensorial dos produtos elaborados. Análises de composição centesimal, volume específico, cor, textura, compostos fenólicos totais (CFT), capacidade antioxidante e sensorial foram realizadas em até 24h após a elaboração das formulações. Verificou-se que a adição de OPN aumentou os teores de proteínas e cinzas (p<0,05), enquanto reduziu o teor de carboidratos dos pães (p<0,05). Além disso, quanto maior a concentração de OPN adicionado, maior foi o volume específico dos pães (p<0,05), tornando-os mais macios e volumosos. Esses resultados foram ratificados na análise de textura, que mostraram que o OPN ajudou a manter a altura original do pão, reduzindo a dureza e a mastigabilidade do miolo, enquanto aumentou a coesividade, elasticidade e resiliência (p<0,05). Esses efeitos podem ser atribuídos à capacidade do OPN de reter água e aprisionar gases durante a fermentação. Em relação a cor, a adição de OPN afetou a cor da crosta e do miolo do pão (p<0,05), tornando a crosta mais escura e a cor do miolo verde-escura, sendo que essa última pode ser vista como um fator negativo em termos de atratividade visual do produto. Desta forma, é importante que as empresas considerem o perfil do consumidor ao desenvolver produtos com adição de OPN e explorem o conceito de alimentos funcionais, saudáveis e clean label para garantir o sucesso do produto. Quanto às propriedades funcionais, os resultados mostraram que a adição de OPN aumentou o teor de CFT e a atividade antioxidante do pão (p<0,05). Em relação a qualidade sensorial, a adição de OPN não interferiu na impressão global do produto em comparação com o pão controle (p>0,05) e todas as amostras apresentaram intenção de compra com notas >3,0 pontos. Assim, o uso de OPN em produtos alimentícios pode ser uma alternativa promissora. Especificamente, a adição de OPN ao pão sem glúten e sem lactose pode diversificar os alimentos disponíveis para pessoas com restrições alimentares. No entanto, mais estudos são necessários para comprovar os efeitos benéficos à saúde promovido pelo consumo de pão doce enriquecimento com OPN.

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  • ROSIMARLANI DE OLIVEIRA GONÇALVES
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE BARRAS DE FRUTAS ELABORADAS COM FARINHA DO RESÍDUO DO PROCESSAMENTO DE ACEROLA

  • Orientador : GABRIEL HENRIQUE HORTA DE OLIVEIRA
  • Data: 17/05/2023
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  • A geração de resíduos agroindustriais tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos, inclusive aqueles provenientes do processamento de acerola. Esses resíduos podem fornecer diversos nutrientes necessários à saúde, como vitaminas, minerais, fibras, carboidratos, proteínas e podem ser utilizados como matéria-prima para a obtenção de subprodutos de alto valor agregado, promovendo inúmeras possibilidades para uma produção sustentável. As barras de frutas são produtos versáteis, elaboradas a partir de uma variedade de ingredientes e, neste contexto a utilização da farinha do resíduo de acerola é uma opção viável para agregação de valor e melhoria da qualidade do produto. Portanto, o presente estudo objetivou elaborar e caracterizar barras de frutas adicionadas de FRA. Foram elaboradas quatro formulações, sendo uma formulação controle (F1), sem adição de FRA e três formulações com diferentes concentrações de FRA em relação à massa final: F2 (10 %), F3 (15 %) e F4 (20 %). As barras de frutas elaboradas foram avaliadas quanto às características físico-químicas (acidez total, proteína, cor, textura, umidade, fibras e vitamina C), microbiológicas (coliformes 30 e 45° C/g, bolores e leveduras/g e Salmonella/25g) e sensoriais (aceitabilidade e intenção de compra). As barras de frutas apresentaram 6,04 a 7,21 g 100 g-1 de proteína, 0,51 a 1,03 g 100 g-1 de acidez titulável, 14,41 a 35,00 N de força de cisalhamento, na análise de cor a coordenada L* variou 31,50 a 34,00, a* de 10,30 a 14,60 e b* de 5,00 a 11,50, e para a umidade foi verificada uma variação de 19,33 a 22,02 g 100 g-1. A fibra alimentar total variou de 20,93 a 30,28 g/100g e a vitamina C de 0,007 a 0,021 mg 100 g-1 .O produto atendeu aos padrões microbiológicos estabelecidos pela IN n° 60, de 23 de dezembro de 2019. As características sensoriais apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre as formulações. Os avaliadores demostraram preferência pelas formulações F1 e F2, para os atributos: aparência, aroma, sabor e textura. Os resultados encontrados nos atributos - intenção de compra para as amostras controle F1 foi de 3,47, seguido da F2 que foi de 3,02. Os resultados demonstraram que é viável elaborar barras de frutas contendo 10% da farinha de resíduo do processamento da acerola e que a formulação apresentou potencial de comercialização devido à boa aceitabilidade, necessitando de estudos futuros para uma caracterização mais ampla e adequações nas formulações propostas.

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  • ELAINE BERNARDO PACHECO
  • UTILIZAÇÃO DE ESPECTROSCOPIA DO INFRAVERMELHO PARA AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO DOS QUEIJOS MINAS PADRÃO E PRATO ADICIONADOS DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 19/05/2023
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  • Uma das formas mais antigas de conservar o leite é por meio da produção de queijos, que podem ser descritos como um concentrado proteico-gorduroso, sendo sua obtenção feita mediante coagulação do leite seguida da remoção do soro. Dentre os queijos mais consumidos no Brasil, estão o Minas Padrão e o Prato. Assim, objetivou-se discriminar esses queijos adicionados de bactérias probióticas dos queijos controle por Espectroscopia do Infravermelho ao longo da maturação. As culturas probióticas (Lactobacillus acidophilus L10, Lacticaseibacillus casei L26 e Bifidobacterium lactis B94) foram adicionadas, individualmente, em quantidades de 108 células/mL de leite pasteurizado e os queijos foram elaborados. Além disso, foram produzidos queijos sem adição de probióticos, controle, contendo somente a cultura starter (Lactococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris). A obtenção dos dados espectrais por Espectroscopia do Infravermelho Médio com Transformada de Fourier e Refletância Total Atenuada (FT-MIR-ATR) e por Infravermelho Próximo com Transformada de Fourier (FT-NIR) ocorreu nos tempos 0 (logo após a produção), 20, 40, 60, 80 e 100 dias nas amostras de queijos Minas Padrão e aos 0, 25, 50, 75 e 100 dias nas amostras de queijos Prato, sendo ambos os queijos armazenados entre 7,0 °C e 10,0 °C. Posteriormente, foi realizado o processamento dos dados e Análise de Componentes Principais. A técnica FT-MIR separou as amostras controle das que continham os probióticos, mas não diferenciou os tempos de maturação. Já a técnica FT-NIR só discriminou os tipos de queijo, mas não separou as amostras controle das que continham probióticos. O FT- MIR foi mais específico, separando o conjunto de amostras controle, ou seja, identificou a presença dos probióticos, embora não tenha sido possível realizar a discriminação de cada um deles, sendo um dos fatores responsáveis pela limitação do poder discriminatório do FT-MIR à heterogeneidade das amostras, revelada pelas diferenças em termos de intensidades relativas dos picos para cada espectro das triplicatas. Além disso, não houve uma discriminação entre tempos de maturação dos queijos, sendo necessários estudos que avaliem a maturação imediatamente após a fabricação, analisando diariamente até o mínimo de dias estabelecido pela legislação, a fim de detectar possíveis diferenças. De forma geral, as técnicas de MIR e NIR apresentaram sensibilidade para identificar as diferenças entre os queijos Minas Padrão e Prato, apresentando potencial para emprego no controle de qualidade de queijos adicionados de probióticos.

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  • ANTHONIONI PERON DAL SASSO
  • CUPUAÇU: BENEFICIAMENTO, PROCESSOS DE SECAGEM E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA.

  • Orientador : MAURICIO HENRIQUES LOUZADA SILVA
  • Data: 12/07/2023
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  • Assim como os demais estados pertencentes ao bioma amazônico, o estado de
    Rondônia possui uma rica biodiversidade de plantas com potencial oleaginoso, que
    podem ser exploradas. Dentre elas, destaca-se o cupuaçu (Theobroma
    grandiflorum), que tem se destacado por suas características sensoriais sendo
    versátil sua utilização na indústria de alimentos. Objetivou-se com este trabalho
    estudar o efeito dos diferentes tipos de secagem das amêndoas de cupuaçu e na
    qualidade da gordura da amêndoa de cupuaçu. Também objetivou obter dados do
    beneficiamento do cupuaçu, determinando os percentuais de polpa, amêndoa e
    casca, película e amêndoas. Aplicação de três tipos de secagem nas amêndoas,
    avaliação da composição centesimal das amêndoas e extração de forma mecânica a
    gordura das amêndoas de cupuaçu. Avaliar as características físico-química e
    determinar o perfil de ácidos graxos da gordura de cupuaçu. As amêndoas
    provenientes de agricultura familiar, no município de Ariquemes-RO, sofreram
    despelícula (descascamento) e foram submetidas a três tratamentos de secagem:
    secagem natural (expostas ao sol) durante cinco dias com temperaturas entre 23 °C
    e 32 °C, com umidade relativa do ar média de 56%. Secagem em estufa com
    circulação de ar, expostas a 55 °C ±0,5 °C por 33 horas. E, criossecagem
    (liofilização) com temperatura de operação de -50 °C e pressão entre 50 a 500
    mmHg por 18 horas. A extração da gordura das amêndoas de cupuaçu se deu em
    sistema continuo de prensagem (com eixo helicoidal). Para a composição centesimal
    das amêndoas de cupuaçu, torta parcialmente desengordurada, realizou as análises
    de cinzas, lipídeos, proteína e umidade. Avaliou a qualidade da gordura de cupuaçu
    através das determinações dos índices de acidez, iodo e peróxido, caracterizou o
    perfil de ácidos graxos através da técnica de cromatografia gasosa com detector de
    ionização por chama. Recepcionou para beneficiamento média de 144 Kg de
    cupuaçu, onde obteve média de 49,80 Kg de polpa (34,50%), 31,61 Kg (22%) de amêndoas e casca 62,58 Kg (43,50%). Necessitou realizar a despelícula das amêndoas, sendo realizada antes dos tratamentos de secagem, com média de 31,61 Kg de amêndoas obtidas após beneficiamento e despelícula, obteve 18,96 Kg (59,96%) de película e 12,65 Kg (40,04%) de amêndoas despeliculadas. As amêndoas submetidas aos tratamentos de secagem foram comparadas com amêndoas despeliculadas in natura e como esperado, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) para as análises de cinzas, lipídeos, proteínas e umidade. Após a prensagem mecânica da amêndoa, obteve além da gordura, a torta parcialmente desengordurada de cupuaçu e entre os tratamentos de secagem aplicados, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) para os teores de cinzas, lipídeos, proteínas e umidade, e neste produto, observou teores significativos de proteínas. As gorduras de cupuaçu em suas determinações de acidez, iodo e peróxido, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) somente na determinação de acidez, a gordura de amêndoas de cupuaçu secas pela liofilização (MLF) apresentou menor teor de acidez (0,29%). Os índices de iodo e peróxido não diferiram significativamente (p<0,05). Foram identificados os perfis de ácidos graxos palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oleico (C18:1) e Araquídico (C20:0), onde os maiores teores encontrados foram esteárico (C18:0) 33,42% e oleico (18:1) 44,26%. Os tratamentos de secagem das amêndoas de cupuaçu não impactaram na qualidade da gordura de cupuaçu. Acreditava-se que a gordura obtida através da liofilização apresentaria uma melhor qualidade o qual não ocorreu. Diante do exposto, considerando tanto o tempo de secagem e qualidade final do produto, recomenda-se o método de secagem em estufa.

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  • LEANDRO FAGUNDES MANÇANO
  • CINÉTICA DE SECAGEM EM LEITO DE ESPUMA: caracterização físico-química e reológica da polpa e pós obtidos de acerola.

  • Orientador : GABRIEL HENRIQUE HORTA DE OLIVEIRA
  • Data: 17/08/2023
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  • O objetivo da pesquisa foi estudar o processo de secagem de polpa de acerola em leito de espuma e as características físico-químicas e reológicas do produto obtido após a secagem. A espuma foi elaborada com 500 g da polpa de acerola com 4% de aditivo (Albumina, Emustab e Liga Neutra), sendo avaliados os dados de densidade e estabilidade. A partir do aditivo com característica mais estável (menor densidade e coalescência), realizou-se a secagem entre 50 e 70°C, de 5 em 5°C, em secador de bandejas até massa constante. Posteriormente, as razões de umidade foram calculadas e os modelos de Lewis, Page, Henderson e Pabis, Logarítmico, Midilli modificado, Aproximação da Difusão e Exponencial de Dois Termos foram ajustados para cada temperatura. A polpa in natura e o pó obtido foram analisados quanto à atividade de água, teor de água, cinzas, pH, acidez total titulável, teor de sólidos solúveis, açúcares redutores, vitamina C, carotenoides totais e cor instrumental. A temperatura com menor efeito nas propriedades físico-químicas foi empregada na análise reológica, após a dissolução do pó em água nas concentrações de 2 a 10% para o ajuste dos modelos Lei da Potência, Herschel-Bulkley, Bingham, Casson e Mizrahi-Berk. Emustab foi o aditivo que permitiu obter uma espuma com maior estabilidade. O modelo Logarítmico foi apropriado para todas as temperaturas, demonstrando um comportamento exponencial na redução do teor de água ao longo do tempo. As propriedades físico-químicas dos pós da polpa de acerola variaram significativamente com o aumento da temperatura de secagem. Entre todas as temperaturas testadas, 60°C foi a mais apropriada para reduzir as alterações na composição nutricional, com resultados de 6.399,305 mg/100g de Vitamina C; 32,669 % de açúcares redutores; 5,006 g/100g de acidez; 82,835 μg/100g de carotenoides; 76,205 de índice de escurecimento. O modelo de Herschel-Bulkley foi o mais adequado para os dados reológicos experimentais, indicando que os fluidos estudados exibem um comportamento pseudoplástico com uma tensão de cisalhamento inicial diferente de zero. Este estudo é uma contribuição para a literatura e indústria alimentícia, pois o pó obtido a partir da secagem de 60 °C, possui potencial para o desenvolvimento de novos produtos, mantendo as características reológicas e físico-químicas mais próximas da polpa in natura.

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  • TACIANE PERON
  • Adição de esporos de Bacillus coagulans e Bacillus clausii probióticos em sucos de manga orgânico e goiaba.

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 06/09/2023
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  • Adição de esporos de Bacillus coagulans e Bacillus clausii probióticos em sucos de manga orgânico e goiaba.

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  • ISANDRA DE FRANÇA MEDEIROS
  • CARACTERIZAÇÃO E PROPOSIÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DA LAVAGEM DE CAJUS DURANTE O PROCESSAMENTO DE POLPA EM AGROINDÚSTRIAS DA REGIÃO DO SERIDÓ - RN

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 18/09/2023
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  • CARACTERIZAÇÃO E PROPOSIÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DA LAVAGEM DE CAJUS DURANTE O PROCESSAMENTO DE POLPA EM AGROINDÚSTRIAS DA REGIÃO DO SERIDÓ - RN

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  • FLAVIANE CAPOBIANGO BICALHO BARBOSA
  • APLICAÇÃO DO DIÓXIDO DE CLORO NA SANITIZAÇÃO DE LATICÍNIOS

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 05/10/2023
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  • As doenças transmitidas por alimentos constituem um grande problema de saúde pública, demandando investigações contínuas de novos métodos e tecnologias pela indústria alimentícia. Estes avanços têm como propósito aprimorar os procedimentos de higienização, com vistas a garantir uma maior segurança e qualidade dos produtos. Algumas características são consideradas extremamente relevantes para o uso e aplicação de um sanitizante; como possuir um amplo espectro de ação; ser ativo na presença de matéria orgânica; possuir baixa toxicidade; ser inodoro; estável a temperatura ambiente; acessibilidade econômica; ausência de subprodutos
    indesejáveis após a sanitização e possuir estabilidade quando forem diluídos. Sendo assim, o objetivo do capítulo 1 foi elaborar uma revisão bibliográfica sobre os sanitizantes utilizados na indústria de alimentos com ênfase nos produtos a base de cloro e dióxido de cloro. Além disso, foram abordados aspectos relacionados à produção, estabilidade e aplicação do dióxido de cloro em laticínios. O segundo capítulo deste trabalho se concentrou na produção da solução estoque de dióxido de cloro, incluindo a determinação da concentração inicial e a avaliação da estabilidade da solução ao longo do período de 14 dias após sua produção, realizada por meio da técnica de titulometria pelo método iodometrico. O teste com o método de difusão em placas foi realizado com os quatro principais microrganismos que podem causar surtos alimentares; Salmonella, Echerichia Coli, Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus. Durante o teste da difusão em placas, preparou uma solução de dióxido de cloro em quatro concentrações diferentes. Uma análise comparativa das médias dos resultados de ATP-bioluminescência (Log URL) foi realizada por meio do teste t para dados pareados com uma probabilidade de 5% antes e após o uso do sanitizante padrão utilizado na indústria de lacticínio bem como o uso do dióxido de cloro. Concluiu-se que, após uma análise das condições operacionais o dióxido de cloro mostrou ótimos resultados de aplicação no tratamento microbiológico no laticínios da empresa parceira.

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  • TÁSSIA ESTEVÃO OLIVEIRA FURTADO
  • Aplicáçáão de Nánopártíáculás de Prátá no controle de Listeria spp em frángo desfiádo

  • Orientador : WELLINGTA CRISTINA ALMEIDA DO NASCIMENTO BENEVENUTO
  • Data: 26/10/2023
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  • Aplicáçáão de Nánopártíáculás de Prátá no controle de Listeria spp em frángo desfiádo

16
  • FELIPE GOMES FERNANDES
  • Lactato de sódio em linguiça suína cozida embalada à vácuo.

  • Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
  • Data: 07/11/2023
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  • Lactato de sódio em linguiça suína cozida embalada à vácuo.

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  • DAIANA JÚNIA DE PAULA ANTUNES
  • Estudo da adição de bacilos probióticos no desenvolvimento de barra de cereal: perfil de consumidores, caracterização e resistência gastrointestinal in vitro.

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 08/11/2023
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  • Estudo da adição de bacilos probióticos no desenvolvimento de barra de cereal: perfil de consumidores, caracterização e resistência gastrointestinal in vitro.

18
  • BEATRIZ APARECIDA DE PAULA OLIVEIRA
  • Barra de cereal enriquecida com ferro e vitamina A: pesquisa de hábitos alimentares, elaboração e caracterização

     




  • Orientador : FREDERICO SOUZALIMA CALDONCELLI FRANCO
  • Data: 17/11/2023
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  • Barra de cereal enriquecida com ferro e vitamina A: pesquisa de hábitos alimentares, elaboração e caracterização

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  • MEIRE SANNE APARECIDA ANDRADE
  • INDÚSTRIA LÁCTEA, COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUSTENTABILIDADE: estudo de multicasos na Zona da Mata Mineira.

  • Orientador : ANDRE NARVAES DA ROCHA CAMPOS
  • Data: 14/12/2023
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  • A crescente conscientização da sociedade com relação à responsabilidade
    socioambiental vem desencadeando uma transformação no meio industrial. A
    atenção às questões ambientais está sendo incorporada no cotidiano das
    organizações, mediante sistemas de gestão ambiental e práticas sustentáveis.
    Sendo assim, a implementação do marketing sustentável é considerada como uma
    importante ferramenta a ser abordada pelas empresas. Dentro desse contexto, foi
    realizado, neste trabalho, o estudo do marketing sustentável na visão de
    consumidores e de indústrias lácteas, por meio um estudo de casos, envolvendo
    empresas do setor localizadas na Zona da Mata Mineira. Para atingir estes objetivos,
    a pesquisa caracterizou-se como descritiva, com abordagem qualitativa, e contou
    com entrevistas realizadas juntos aos gestores dos Laticínios, bem como com a
    aplicação de um questionário online aos consumidores via por meio do Google
    Forms. Observou-se uma postura muito dissimilar entre as empresas com relação ao
    aspecto ambiental, com empresas bem estruturadas e atuantes no marketing
    sustentável e empresas que não apresentaram preocupação ambiental em suas
    ações. Dentre as iniciativas de maior destaque, estão as provenientes de empresas
    que apresentam política ambiental e que modificaram seu sistema de produção,
    incluindo reciclagem, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de gases e
    emissões e energia verde. Também, foram identificadas empresas que investem
    para obtenção de selos de sustentabilidade e que se envolvem com ações junto à
    comunidade. Para algumas empresas, foi verificada a utilização do trade marketing e
    da pesquisa de perfil do consumidor para desenvolvimento de novos produtos. No
    outro sentido, foram identificadas empresas que não manifestaram preocupação
    ambiental em suas políticas, sendo identificado, em alguns casos, a prática do
    greenwashing. O formulário aplicado aos consumidores indicou que eles apresentam
    preocupação com os aspectos ambientais e que tem consciência de que são
    necessárias ações de sustentabilidade. Estes estão dispostos a modificarem a sua
    rotina e consideram a questão ambiental no momento da compra. Porém, eles
    apresentam, ainda, grande preocupação com o preço e com a oferta dos produtos
    ecológicos. No entanto, demonstraram que tem disponibilidade para mudar seus
    hábitos de consumo favorecendo o consumo de produtos verdes. Desse modo, é
    necessária a sinergia entre a indústria e o consumidor na definição de estratégias e

    na identificação de novas tendências. A utilização de estratégias de marketing da
    sustentabilidade aumenta a credibilidade e legitimidade das empresas, fortalecem
    sua imagem na área de atuação, além de agregar valor à marca junto aos diversos
    consumidores. Finalmente, foi elaborado um Comunicado Técnico direcionado para
    as indústrias lácteas que evidencie as práticas sustentáveis e as ações de Marketing
    sustentável.

2022
Dissertações
1
  • THAINÁ DE MELO CARLOS DIAS
  • DESENVOLVIMENTO DE GELEIA DE AMEIXA SECA CONTENDO Bacillus clausii: elaboração, caracterização e percepção de potenciais consumidores sobre geleias e probióticos.

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 31/01/2022
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  • Os produtos lácteos probióticos são amplamente consumidos, porém diante do crescente número de indivíduos veganos, intolerantes à lactose e daqueles que de alguma forma não apreciam o leite e derivados ou não podem consumi-los, a elaboração de alimentos probióticos de origem vegetal é uma opção. Assim, objetivou-se avaliar a percepção do consumidor, desenvolver geleia de ameixa seca contendo Bacillus clausii e avaliar as características físico-químicas, microbiológicas e a resistência do probiótico à digestão in vitro. A percepção dos consumidores sobre probióticos e o consumo de geleia probiótica foi avaliada por meio de questionário online e técnica de associação de palavras. Geleias de ameixa seca contendo aproximadamente, 108 esporos/g de B. clausii e geleias controle, que foram armazenadas a 8°C por 45 dias foram elaboradas. Análises físico-químicas de pH, acidez, aw, compostos fenólicos e cor e análises microbiológicas da viabilidade de B. clausii no produto, Salmonella spp., fungos filamentosos e leveduras, Enterobacteriaceae, além do ensaio in vitro de sobrevivência do microrganismo à digestão pelo trato gastrointestinal foram realizadas. Entre os respondentes verificou-se que 66,1% sabem o que são probióticos e 93,3% já haviam consumido algum probiótico de origem láctea. Por outro lado, apenas 49,5% já haviam consumido algum alimento probiótico de origem vegetal e 93,8% gostariam de ter mais opções de probióticos de origem vegetal. Por meio da técnica de associação de palavras constatou-se que os consumidores associam probióticos à saúde, principalmente à saúde intestinal e que a adição de probióticos a uma geleia de frutas faz com que cresça a associação de geleias à saúde por parte dos consumidores. A presença da bactéria no produto não interferiu no pH, acidez, compostos fenólicos e cor ao longo da estocagem, sendo a aw do produto 0,85. B. clausii. apresentou viabilidade de 7,64 Log UFC/g no início e no final da vida de prateleira das geleias, não havendo variação significativa entre os tempos estudados. O produto apresentou-se apto para consumo, com ausência de Salmonella spp. em 25 g e < 1,0 x 101 UFC/g de fungos filamentosos e leveduras e Enterobacteriaceae. Ao final do ensaio de digestão in vitro, no tempo 0, B. clausii apresentou contagem média de 7,57 Log UFC/g e no tempo 45 dias 7,30 Log UFC/g, sendo a taxa de sobrevivência em ambos os tempos > 95%. Portanto constatou-se que o consumo de probióticos, geleias e geleia contendo probióticos é visto de forma positiva pelos consumidores, havendo grande interesse por mais opções de probióticos de origem vegetal. A geleia de ameixa seca foi uma ótima matriz para veicular B. clausii, o qual apresentou excelente taxa de sobrevivência no produto que pode ser considerado um alimento potencialmente probiótico.

2
  • DIEGO FARIA MARTINS
  • AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DE COMÉRCIOS VAREJISTAS DE CARNES DO MUNICÍPIO DE RIO POMBA-MG À RESOLUÇÃO SES/MG No. 7.123/2020

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 21/02/2022
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  • O comércio varejista de carnes compõe um dos campos de atuação da Vigilância Sanitária e permeia um ambiente econômico de extrema competitividade e concorrência, sendo fonte de possíveis riscos sanitários aos consumidores, em razão dos diversos tipos de cárneos e suas condições de produção, manipulação e conservação. O Município de Rio Pomba possui cerca de 18 mil habitantes e doze comércios varejistas de carnes (açougues) e nenhum deles possui licenciamento sanitário (Alvará Sanitário). Percebeu-se oportuna uma intervenção com vistas à modificação da realidade desses estabelecimentos, objetivando propor adequá-los à Resolução SES/MG no. 7.123/2020. Três proprietários de estabelecimentos aceitaram participar da pesquisa. Foram realizados diagnósticos aplicando a lista de verificação de boas práticas disposta na norma, a fim de avaliar os graus de adequação; aplicados questionários para avaliação do conhecimento dos manipuladores; elaboradas propostas de adequação individualizadas e ações corretivas; bem como manual genérico de BPF e Procedimentos Operacionais Padronizados. Tendo as listas de verificação 147 itens com opções de resposta “sim”, “não” e “não aplicável”, o Empreendimento I obteve 58 respostas assinaladas como “sim” (39%), 64 como “não” (44%) e 25 “não aplicáveis” (17%), enquanto o Empreendimento II alcançou 75 respostas marcadas como “sim” (51%), 60 como “não” (41%) e 12 “não aplicáveis” (8%), e, por fim, o Empreendimento III atingiu 57 como “sim” (39%), 72 como “não” (49%) e 18 “não aplicáveis” (12%). Desconsiderando o item “não se aplica”, os empreendimentos I, II e III foram classificados respectivamente como deficiente (47% de conformidades), regular (55% de conformidades) e deficiente (44% de conformidades). Os manipuladores, por meio do preenchimento dos questionários, demonstraram conhecimento relacionado a contaminantes, DTAs, infecções e intoxicações alimentares, deterioração de cárneos, a importância do controle de temperatura e da higienização constante e frequente das mãos, uniformização, boas práticas, materiais sanitários e procedimentos de higienização. As propostas de adequação elaboradas e as ações corretivas preparadas foram apresentadas aos responsáveis pelos estabelecimentos, a fim de proporcionar o enquadramento aos itens do regulamento.

3
  • DÉBORAH TAVARES ALVES
  • PÃES CONTENDO FARINHA DE ORA-PRO-NOBIS E ESPOROS DE Bacillus clausii: estudo de percepção do consumidor, elaboração, caracterização físico-química e microbiológica e resistência ao trato gastrointestinal in vitro


  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 21/02/2022
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  • Objetivou-se avaliar a percepção do consumidor sobre pães contendo farinha de ora-pro-nobis e bactéria probiótica e desenvolver pães com farinha dessa hortaliça e enriquecidos com esporos de Bacillus clausii (Enterogermina Plus®). Aplicou-se questionário online a 327 participantes, com mais de 18 anos, que responderam a 27 perguntas de caráter socioeconômico e intenção de compra ao produto. As características físico-químicas, microbiológicas e a sobrevivência in vitro de Bacillus clausii após simulação das condições gastrointestinais durante a estocagem por 4 dias a temperatura ambiente foram analisadas. Quase a totalidade dos respondentes, em especial do público feminino, se interessou pelo produto desenvolvido, uma vez que os pães vêm ao encontro das principais tendências de consumo do público que busca saúde, conteúdo natural e bem estar, sendo estes fatores decisivos para os consumidores. Houve diferença significativa de pH (p<0,05) entre os pães controle e contendo esporos de B. clausii dentro de um mesmo tempo para ambos os tratamentos, mas não se verificou diferença de pH para os pães contendo o probiótico ao longo do período de estocagem (p>0,05). Durante a estocagem, os teores de acidez, extrato seco total, umidade e cinzas dos tratamentos não diferiram entre si (p>0,05), sendo o mesmo evidenciado para proteína, gordura e carboidratos (p>0,05). Bacillus clausii não alterou a luminosidade (L*) da casca e do miolo dos pães (p>0,05) e nem a variável a* do miolo e b* da casca e do miolo, havendo predominância de cor amarelo-esverdeada na casca e no miolo. Constatou-se um aumento (p<0,05) da viabilidade de B. clausii ao longo do tempo de estocagem dos pães, sugerindo que os esporos resistiram ao assamento, germinaram e multiplicaram no produto. Os pães se mantiveram seguros para consumo ao longo dos 4 dias de armazenamento. Verificou-se diferença dos valores de viabilidade (p<0,05) entre as fases gástrica e entérica II nos diferentes tempos e, no final da vida de prateleira, a viabilidade na fase entérica II foi de 5,84 Log UFC/g de B. clausii. Os esporos de B. clausii resistiram à temperatura de assamento (250°C) e mantiveram-se viáveis após a estocagem dos pães. Considerando uma porção diária de 40g, aproximadamente 7,44 Log UFC/porção de B. clausii chegam viáveis no intestino grosso simulado, sendo os pães potenciais carreadores desse probiótico, podendo ser inseridos na dieta dos consumidores que buscam pães funcionais.

4
  • JULIANA SANTOS MARQUES
  • PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES E AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADIÇÃO DE FARINHA DE BAGAÇO DE MALTE E FARINHA DE CURCUMA LONGA L. NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS, MICROBIOLÓGICAS E SENSORIAIS DE BISCOITOS TIPO COOKIE

  • Orientador : FREDERICO SOUZALIMA CALDONCELLI FRANCO
  • Data: 27/06/2022
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  • Desenvolver produtos inovadores com farinhas integrais e antioxidantes naturais é uma alternativa promissora para uma alimentação mais saudável. Esse estudo avaliou por meio de questionário online, a intenção de consumo e compra do biscoito proposto, elaborar farinha de bagaço de malte (BM), desenvolver biscoitos com farinha de BM e de cúrcuma e determinar as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais dos produtos. Aplicou-se questionário com 212 participantes maiores de 18 anos. Confeccionou a farinha de BM e realizou as análises físico-químicas das farinhas (proteína, lipídio, cinzas, umidade e carboidrato) e granulometria da farinha de BM. Elaborou cinco formulações de biscoito: Controle (com farinha integral), Cúrcuma (controle com cúrcuma), BM20 (Cúrcuma com 20% BM), BM30 (Cúrcuma com 30% BM) e BM40 (Cúrcuma com 40% BM) e realizadas análises físico-químicas e microbiológicas dos biscoitos nos tempos 0, 30 e 60 dias. Aplicou-se análise sensorial em domicílio com 53 provadores, utilizando o teste de aceitação e de intenção de compra. Nos resultados do questionário online observou-se alta aceitabilidade por produtos saudáveis. A farinha de BM apresentou teores de umidade de 11,85%, proteínas de 10,70%, lipídios de 2,48%, cinzas de 1,97% e carboidratos totais de 73,00%. A granulometria da farinha de BM mostrou maior porcentagem de grãos retidos na peneira de 32 mesh (39,4%). Já a farinha de cúrcuma apresentou 12,00% de umidade, 7,61% de proteínas, 3,02% de lipídios 8,29% de cinzas e 69,08% de carboidratos totais. Os biscoitos exibiram padrões microbiológicos dentro da legislação brasileira, tendo teores de umidade de 10,37 a 11,06%, lipídeo de 13,29 a 14,81%, proteína de 6,61 a 7,16% e cinzas de 0,42 a 0,56%, além de fibras de 7,47 a 8,41%. Na análise sensorial, pode se concluir que o biscoito BM30, apresentou a melhor escolha em comparação com o Controle. Este estudo mostra que utilização de farinhas de BM e cúrcuma são promissoras na fabricação de biscoitos integrais, visto que se destacou a utilização de 30% de farinha BM com 4,8% cúrcuma, agregando valor nutricional ao biscoito e sensorialmente aceito.

5
  • NATHALIA LANCHIN BARREIRO
  • Antepasto de grão de bico adicionado de Lacticaseibacillus rhamnosus GG: potencial de consumo, elaboração, caracterização e estudo in vitro da resistência gastrointestinal

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 05/07/2022
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  • Este estudo objetivou avaliar o perfil de consumidores de antepastos e probióticos e elaborar e caracterizar antepasto de grão de bico adicionado de Lacticaseibacillus rhamnosus GG. A percepção dos consumidores sobre probióticos e desenvolvimento de antepasto de grão de bico probiótico foi analisado por questionário online. Foram realizadas análises físico-químicas de pH, acidez, proteína, sólidos solúveis totais e cor, além de análises microbiológicas de fungos filamentosos e leveduras, Enterobacteriaceae, Salmonella spp. e viabilidade de L. rhamnosus GG no produto elaborado. Ensaio in vitro de sobrevivência da bactéria probiótica ao trato gastrointestinal (TGI) também foi realizado. Entre os respondentes, 84,8% sabem o que são probióticos e 90,1% já consumiram produtos probiótico de base láctea. Por outro lado, somente 1,0% já consumiu alimento probiótico de origem vegetal e 78,0% manifestaram interesse por mais opções de probióticos em matriz vegetal. Pela nuvem de palavras observou-se que os respondentes associam probióticos à saúde intestinal. A adição de L. rhamnosus GG alterou apenas a acidez dos antepastos (p<0,05) e manteve as demais características do produto. O antepasto pode ser considerado uma fonte promissora de proteína vegetal, pois fornece, aproximadamente, 12,1 g de proteína por porções de 30 g. L. rhamnosus GG apresentou contagens de, aproximadamente, 8,0 Log UFC/g ao longo dos oito dias de armazenamento a 8°C. O antepasto demonstrou-se apto para consumo, com ausência de Salmonella spp. em 25 g e < 1,0 x 101 UFC/g de fungos filamentosos e Leveduras e Enterobacteriaceae. Durante a simulação in vitro do TGI, apesar da perda de viabilidade na fase gástrica, no início da vida de prateleira, a estirpe apresentou na porção final do intestino (FEII), após oito dias de armazenamento, contagens próximas de 4,0 Log UFC/g, garantindo 6,0 Log UFC/g, se consumidos 100g do produto. A taxa de sobrevivência de L. rhamnosus GG foi superior a 54,11%. O grão de bico apresenta ser uma matriz vegetal promissora para novos produtos potencialmente probióticos, além de contribuir para o aporte proteico da dieta

6
  • NEUMARA RIBEIRO VANELI
  • ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE IOGURTE GREGO SABOR AÇAÍ COM MORANGO ADICIONADO DE FARINHA DE BAGAÇO DE MALTE.

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 29/07/2022
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  • A geração de subprodutos originados da produção de cerveja tem crescido nos últimos anos. O principal resíduo das indústrias cervejeiras é o bagaço de malte, que por possuir elevado teor de fibras e proteína pode ser utilizado na elaboração de diversos produtos, inclusive aos derivados lácteos com apelo nutricional e funcional. Os iogurtes gregos respondem por 4,3% do volume de iogurtes comercializados no Brasil, por isso temos oportunidade de inserir novos produtos no mercado, para atender a demanda dos consumidores. Portanto, o presente estudo objetivou elaborar e caracterizar iogurte grego sabor açaí com morango adicionado de farinha de bagaço de malte (FBM) e verificar a aceitação do mercado consumidor. Foram elaboradas quatro formulações, sendo uma formulação controle (F0) e três formulações com diferentes concentrações de FBM em relação à massa final (F1 3,8, F2 5,9 e F3 7,3%). Os iogurtes elaborados foram avaliados quanto às características físico-químicas (gordura, acidez e proteína), microbiológicas (coliformes 30 e 45°C/g, bolores e leveduras/g e contagem de bactérias láticas totais) e sensoriais (aceitabilidade, intenção de compra e caraterização por metodologia CATA). Os iogurtes gregos apresentaram 5,80 a 6,42g/100g de proteína, 2,01 a 2,94 g/100g de lipídios e 0,97 a 1,05 a de ácido lático/100g. As análises microbiológicas realizadas atenderam aos padrões estabelecidos pela Instrução Normativa n°. 46 de 23 de outubro de 2007. As características sensoriais apresentaram diferença significativa entre as formulações. Os avaliadores demostraram predileção para as formulações controle (0% FBM) e 7,3% de FBM), para os atributos aparência, aroma, sabor e textura. Resultados semelhantes são encontrados nos atributos intenção de compra para as amostras controle e 7,3%. De acordo com o índice de aceitabilidade ≥ 70%, conclui- se que as formulações F0 e F3 obteve ótima aceitação, sendo uma possibilidade para diversificação de produtos para as agroindústrias da região. Novas concentrações de adição de FBM devem ser estudas nesse produto.

7
  • MARIA JOSÉ NOVAES FIRMO
  • DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS FISCAIS DE QUEIJOS MINAS ARTESANAIS

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 31/08/2022
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  • DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS FISCAIS DE QUEIJOS MINAS ARTESANAIS

8
  • MARCOS PAULO NETO DE CASTRO
  • DESENVOLVIMENTO DE PÃO DE QUEIJO FUNCIONAL PELA INCORPORAÇÃO DE INULINA E ISOLADO PROTEICO DE ERVILHA

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 19/12/2022
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  • O pão de queijo é considerado um alimento calórico e nutritivo, entretanto, não possui alegações de propriedades funcionais. A preocupação da população com a saúde, principalmente após a COVID 19, tem impulsionado o desenvolvimento de pães de queijo funcional, os quais em associação com outros alimentos funcionais podem entregar aos consumidores alimentos de qualidade, praticidade e saudabilidade. Neste estudo foi utilizado a inulina e o isolado proteico de ervilha como componentes que pudesse tornar o pão de queijo mais saudável e que proporcionasse benefícios para a saúde dos consumidores. A inulina é uma fibra solúvel não digerível considerada um prebiótico que proporciona diversos benefícios para a saúde entre eles regular o funcionamento do intestino. O isolado proteico de ervilha é rico em nutrientes, de fácil digestão ao contrário de outras fontes de proteína vegetal como a soja e contém aminoácidos essenciais que o corpo precisa para construir proteínas. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar as seguintes formulações de pães de queijo: (a) formulação controle (PQC) 33,98% mix de amidos sem a adição de inulina e isolado proteico de ervilha; (b) formulação com inulina (PQIN) 27,70% mix de amidos e 6,28% de inulina; (c) formulação com adição do isolado proteico de ervilha (PQPE) 25,67% de mix de amidos e 8,31% do isolado proteico de ervilha; (d) formulação com a adição de inulina e isolado proteico de ervilha (PQIE) 19,39% de mix de amidos, 6,28% de inulina (INU) e 8,31% do isolado proteico de ervilha em relação às suas propriedades microbiológicas, físico-químicas (umidade, lipídios, proteína, cinzas, carboidratos e fibras), propriedades físicas da massa crua (densidade aparente), propriedades físicas do pão de queijo assado (volume específico, força de compressão, coeficiente de expansão, cor da crosta) e sensoriais (testes de aceitação e intenção de compra). Ainda, foram aplicados questionários online com o intuito de avaliar os motivos que influenciam nas escolhas do consumidor. Os resultados mostram que a determinação da composição centesimal para as formulações dos pães de queijo dos tratamentos PQIN e PQIE apresentaram 5,72% e 5,64% de fibras, respectivamente, quantidades muito superiores a 0,021 constatada na formulação controle (PQC). A quantidade de proteína foi de 12,90% para a formulação PQPE e 13,02% para PQIE também muito superior a 5,70% encontrada na formulação PQC. Os parâmetros tecnológicos como volume específico, força de compressão, coeficiente de expansão, análise objetiva da cor (CIEL*a*b*) e força de cisalhamento não foram influenciados (p>0,05) com a adição de inulina. Em relação a análise sensorial, os pães de queijo PQC e PQIN foram avaliados por 120 consumidores e apresentaram aceitação semelhante, com os escores variando de “gostei moderadamente” a “gostei muito” para todos os atributos. Entretanto, as formulações adicionadas do isolado proteico de ervilha (IPE) não tiveram boa aceitação sensorial, enquanto o PQC obteve impressão global de 7,93a o PQIE 6,16b e as diferenças nas suas propriedades reológicas e físico-química foram percebidas sensorialmente. Diante os resultados alcançados, conclui-se que a elaboração de pães de queijo com a adição de isolado proteico de ervilha na concentração avaliada afetou as propriedades físico-químicas e sensoriais do produto. No entanto, a adição de inulina na quantidade avaliada não alterou as suas características, permitindo obter um pão de queijo prebiótico, com elevado conteúdo nutricional e funcional, podendo gerar grandes benefícios à saúde dos consumidores, desde que sua ingestão esteja associada a uma alimentação e hábitos de vida saudáveis.

2021
Dissertações
1
  • DANIEL ANGELO SOARES
  • Aplicação de ferramentas e sistemas de gestão da qualidade em uma Unidade de Alimentação e Nutrição institucional

  • Orientador : WELLINGTA CRISTINA ALMEIDA DO NASCIMENTO BENEVENUTO
  • Data: 12/03/2021
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  • A crescente preocupação dos consumidores e dos órgãos regulatórios quanto a  qualidade dos alimentos tornaram essencial a combinação de diferentes ferramentas  de qualidade para diagnosticar o processo de produção de alimentos. Objetivou-se  neste estudo realizar o diagnóstico das condições higiênico-sanitárias em um 

    restaurante institucional da região do Campo das Vertentes. Foram aplicadas as listas de verificação RDC 275/2002 e CECANE/FNDE/2013 e, posteriormente, construído o Diagrama de Pareto como forma de evidenciar os problemas em ordem  de importância. As análises microbiológicas contemplaram superfícies, utensílios,  alimentos, água e mãos dos manipuladores. O nível de conhecimento dos  manipuladores quanto às Boas Práticas foi avaliado e, por meio da escala Likert de  5 pontos (5 = muito satisfeito, 4 = satisfeito, 3 = neutro, 2 = insatisfeito e 1 = muito  insatisfeito), foi verificada a percepção dos consumidores quanto à qualidade dos serviços e alimentos ofertados. Posteriormente, foi elaborado o Manual de Boas  Práticas de Fabricação (MBPF) e os Procedimentos Operacionais Padronizados  (POP) específicos para o restaurante. De acordo com as listas RDC 275 e  CECANE/FNDE os percentuais de adequação foram 34,76% e 46,84%, respectivamente, indicando alto risco sanitário. O Diagrama de Pareto destacou  como principal falha o quesito Edifícios e Instalações e as análises microbiológicas  demonstraram a possibilidade de contaminação cruzada. O nível de conhecimento  médio dos manipuladores foi de 67,13% e os consumidores apontaram uma média  geral de satisfação de 3,76 (próximo a satisfeito). Logo, verificou-se que o  restaurante apresentou irregularidades, evidenciando a necessidade de melhoria na  estrutura física, aplicação de programa contínuo de capacitação dos manipuladores  e trabalho permanente que visa a satisfação dos clientes. Acredita-se que o MBPF e  POP contribuam também para garantia da segurança alimentar aos usuários do  restaurante.


2
  • LÚCIA LÉIA APARECIDA VIEIRA SILVA
  • EMULSÃO GELIFICADA DE ÓLEO DE CANOLA COMO SUBSTITUTO DE GORDURA EM SALAME.

  • Data: 12/03/2021
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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da substituição do toucinho por
    emulsão gelificada de óleo de canola, adicionada ou não de extrato de alecrim, em
    salame. Foram elaborados 5 tratamentos: T1: salame controle; T2: salame
    elaborado com substituição de 100% do toucinho por emulsão gelificada; T3: salame
    elaborado com substituição de 50% do toucinho por emulsão gelificada; T4: salame
    elaborado com substituição de 100% do toucinho por emulsão gelificada contendo
    extrato de alecrim; T5: salame elaborado com substituição de 50% do toucinho por
    emulsão gelificada contendo extrato de alecrim. Ao longo do processamento (28
    dias), os salames foram avaliados quanto ao pH, acidez, perda de massa, umidade,
    resíduo mineral fixo e análise instrumental de cor. Os salames obtidos foram
    avaliados quanto a composição centesimal, textura instrumental, perfil de ácidos
    graxos e qualidade microbiológica (coliformes a 45 oC; estafilococus coagulase
    positiva e ausência de Salmonella sp). O uso do extrato de alecrim na emulsão
    gelificada não afetou (P > 0,05) nenhum dos atributos avaliados. A incorporação da
    emulsão gelificada não afetou (P > 0,05) os valores de pH, acidez, umidade, perda
    de massa, cinzas, textura e cor dos embutidos durante a elaboração. A substituição
    de 50% e 100% de gordura animal por emulsão gelificada de óleo de canola resultou
    numa diferença significativa nos valores de gordura em comparação ao tratamento
    controle, mas o teor de proteína total não foi afetado. Os salames também não foram
    afetados microbiologicamente em nenhum dos tratamentos. A substituição de 50 e
    100% do toucinho elevou a proporção de ácidos graxos poli-insaturados (PINS),
    especialmente linoleico (C18:2n6), linolênico (C18:3n3) e araquidônico (C20:4n6), e
    reduziu a proporção de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA). Apesar da redução
    na proporção de ácido esteárico (C16:0), o total de ácidos graxos saturados (SAT) e
    insaturados (INS), assim como a razão INS/SAT, não foram afetados. O percentual
    de ômega-3 e ômega-6 foi maior nos tratamentos com substituição do toucinho, com
    a razão ω-6/ω-3 sendo menor na formulação com 100% do quena formulação com
    50% de substituição. O índice de aterogenicidade não foi afetado de forma
    significativa entre os tratamentos. Concluiu-se que a substituição parcial ou total da
    gordura suína por emulsão gelificada de óleo de canola é uma escolha promissora
    para a melhoria no valor nutricional de salame.

3
  • WANDERSON ALEXANDRE VALENTE
  • EFEITO ANTIMICROBIANO DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA EM ESTIRPES DE Salmonella spp. DA CADEIA PRODUTIVA DE FRANGO DE CORTE

  • Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
  • Data: 25/03/2021
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  • EFEITO ANTIMICROBIANO DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA EM ESTIRPES DE Salmonella spp. DA CADEIA PRODUTIVA DE FRANGO DE CORTE

4
  • LEILA FRANCISCA CAMPOS DE SÁ
  • QUEIJO MINAS ARTESANAL DO CAMPO DAS VERTENTES: caracterização, diagnóstico de produção e comercialização em período de pandemia da COVID-19.

  • Orientador : JOSE MANOEL MARTINS
  • Data: 29/04/2021
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  • O queijo Minas artesanal (QMA) é de primordial importância cultural, social e
    econômica para milhares de famílias mineiras. O Campo das Vertentes é uma das
    oito microrregiões reconhecidas como produtoras de QMA, possuindo tradição, clima
    favorável, mas carência de estudos sobre sua qualidade. Objetivou-se neste estudo
    caracterizar os QMAs por meio de análises físicas, físico-químicas e microbiológicas
    durante a sua maturação na estação do verão, avaliar as boas práticas
    agropecuárias e de fabricação dos queijos e analisar os efeitos da pandemia da
    covid-19 na sua produção e comercialização. Para isso, foram estudados QMAs de
    cinco produtores da região do Campo das Vertentes, com 3, 10, 17, 24 e 31 dias de
    maturação. Determinou-se a altura, diâmetro, peso, umidade, gordura, proteína,
    acidez titulável, cinzas, cloretos, índice de extensão de maturação, índice de
    profundidade de maturação, sal na umidade, mesófilos aeróbios estritos e
    facultativos viáveis, bolores e leveduras, Listeria monocytogenes, Salmonella spp.,
    coliformes a 30 oC, E. coli, estafilococos coagulase positiva e bactérias láticas. As
    propriedades produtoras dos queijos foram submetidas a um checklist para
    verificação das boas práticas agropecuárias e de fabricação, um questionário de
    informações gerais sobre a produção dos queijos e também sobre as mudanças
    advindas com a pandemia da Covid-19. Os valores médios de altura, diâmetro,
    peso, cinzas, cloretos, E. coli e estafilococos coagulase positiva, não diferiram
    (p>0,05) durante os 31 dias de maturação. Já os percentuais médios de umidade,
    gordura, proteína, acidez, índice de extensão e de profundidade de maturação, sal
    na umidade, coliformes a 30 oC, mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis,
    bolores e leveduras e bactérias láticas diferiram (p<0,05) no período analisado.
    Todos os queijos analisados apresentaram ausência de Salmonella sp. e L.
    monocytogenes. Os queijos foram classificados, em relação ao conteúdo de gordura
    no extrato seco, como gordos e semigordos no período analisado e reduziram
    59,94% de umidade, apresentando em média 1,28 g/100g de ácido lático. A
    contagem de coliformes a 30 oC atendeu ao limite máximo da legislação aos 20 dias
    de maturação. Os valores de estafilococos coagulase positiva não alcançaram os
    limites permitidos para a comercialização até os 31 dias de maturação. Os
    resultados encontrados no checklist das boas práticas agropecuárias e de fabricação
    utilizado pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) revelaram 96,3% em média de

    conformidade com a legislação nas queijarias estudadas. Nos 3 (três) primeiros
    meses da pandemia da Covid-19, 80% dos produtores reduziram custos, produção e
    preços dos queijos. Todavia, eles impulsionaram suas divulgações, conquistando
    novos clientes a cada dia e se tornaram mais competitivos para atender a alta
    demanda do mercado.

5
  • JACQUELINE VIOL SIQUEIRA
  • Implantação das boas práticas de fabricação em açougue conforme Resolução 7123/2020.

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 07/07/2021
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  • A sociedade está cada vez mais preocupada com a qualidade dos alimentos e devido a esse fator, inúmeras ferramentas de gestão da qualidade têm sido elaboradas com o intuito de atender aos quesitos de idoneidade em respeito ao consumidor, para ofertar ao mesmo um produto seguro e, ao mesmo tempo abranger as exigências de comercialização estipuladas por lei. Diante deste cenário, o presente estudo objetivou aplicar o sistema de gestão e segurança de alimentos e avaliar a implantação das BPFs em um açougue. Foi diagnosticado as condições higiênico - sanitárias do estabelecimento, antes da implantação das BPF, por meio da Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação, constante na Resolução SES/MG Nº7123 de 27 de maio de 2020. Após a implantação das BPFs novamente a lista de verificação foi aplicada. Diante das informações e dados coletados neste estudo foi possível observar que antes da implantação das BPFs o açougue possuía somente 12 itens em conformidade e após, esse número subiu para 78 itens. Os resultados conformes para os blocos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 antes da implantação das BPFs foram respectivamente 29%, 4%, 93%, 14%, 0% e 0%. Após a implantação das BPFs os valores de conformidade para esses mesmos blocos foram 93%, 65%, 93%, 85%, 100% e 100% respectivamente. Foi possível perceber a importância da implantação das BPFs como uma influência positiva na melhoria dos requisitos higiênicos sanitários da empresa em estudo, e que além disso, proporcionaram resultados satisfatórios sobre as documentações exigidas por lei. 

6
  • MICHELLE HELENA DA SILVA NASCIMENTO
  • DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO CÁRNEO REESTRUTURADO BOVINO UTILIZANDO FARINHA DE BAGAÇO DE MALTE

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 31/08/2021
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  • Elaboração e caracterização de hambúrguer adicionado de farinha de bagaço de malte.DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO CÁRNEO REESTRUTURADO BOVINO UTILIZANDO FARINHA DE BAGAÇO DE MALTE

7
  • THALITA AZEVEDO CABRAL
  • USO DE MIX DE ESPECIARIAS E FARINHA DE LINHAÇA EM PRODUTO VEGETAL BURGER COM REDUZIDO TEOR DE SÓDIO

  • Orientador : FREDERICO SOUZALIMA CALDONCELLI FRANCO
  • Data: 28/09/2021
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  • USO DE MIX DE ESPECIARIAS E FARINHA DE LINHAÇA EM PRODUTO VEGETAL BURGER COM REDUZIDO TEOR DE SÓDIO

2020
Dissertações
1
  • LUZIA DAS DORES DE ASSIS
  • Elaboração e caracterização de sorvete sabor açaí com morango adicionado de farinha de bagaço de malte.

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 06/03/2020
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  • Elaboração e caracterização de sorvete sabor açaí com morango adicionado de farinha de bagaço de malte.

2
  • RAKEL SILVEIRA ARANTES
  • SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE ALIMENTOS: efeitos nas condições higiênico-sanitárias de uma unidade de alimentação e nutrição

  • Orientador : WELLINGTA CRISTINA ALMEIDA DO NASCIMENTO BENEVENUTO
  • Data: 31/03/2020
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  • SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA DE ALIMENTOS: efeitos nas condições higiênico-sanitárias de uma unidade de alimentação e nutrição 

3
  • SARAH FERREIRA SANTOS
  • SALADA DE FRUTAS ENRIQUECIDA COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 14/05/2020
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  • SALADA DE FRUTAS ENRIQUECIDA COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

4
  • VINILSON DOS SANTOS SILVA
  • Desenvolvimento e caracterização do iogurtes probióticos, tradicionais e delactosados, adicionados de ora-pro-nóbis e abacaxi.

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 31/08/2020
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  • Desenvolvimento e caracterização de iogurtes probióticos, tradicionais e delactosados, adicionados de ora-pro-nóbis e abacaxi

     




5
  • GIULIAN LAURA DE OLIVEIRA
  • Utilização de kefir como cultura iniciadora na elaboração de Salame.

  • Orientador : WELLINGTA CRISTINA ALMEIDA DO NASCIMENTO BENEVENUTO
  • Data: 23/09/2020
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  • Utilização de kefir como cultura iniciadora na elaboração de Salame.

6
  • LIDIANE AMORIM BITENCOURT ALVES
  • Utilização de Kefir na elaboração de Queijo Minas Frescal.

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 26/09/2020
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  • Utilização de Kefir na elaboração de Queijo Minas Frescal.

7
  • PATRÍCIA HELENA CARBONARI DE ALMEIDA
  • LINGUIÇA COZIDA DEFUMADA ELABORADA COM CARNE DE FRANGO SEPARADA MECANICAMENTE PELOS SISTEMAS AUGER TYPE E DRUM TYPE.

  • Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
  • Data: 28/09/2020
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  • LINGUIÇA COZIDA DEFUMADA ELABORADA COM CARNE DE FRANGO SEPARADA MECANICAMENTE PELOS SISTEMAS AUGER TYPE E DRUM TYPE

8
  • CAROLINA MONTES DURÕES DE SOUZA
  • USO DE IOGURTE NA PRODUÇÃO DE PÃO FRANCÊS TRADICIONAL E CONGELADO PRÉ-ASSADO

     

  • Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
  • Data: 26/11/2020
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  • USO DE IOGURTE NA PRODUÇÃO DE PÃO FRANCÊS TRADICIONAL E CONGELADO PRÉ-ASSADO

9
  • SABRINE DE CÁSSIA BATISTA SILVA
  • CHÁ MATE ADICIONADO DE LACTOBACILOS PROBIÓTICOS: viabilidade, caracterização e resistencia ao trato gastrointestinal in vitro

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 21/12/2020
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  • RESUMO

    A busca por alimentos saudáveis que além da função de nutrir, trazem outros
    benefícios ao organismo humano tem aumentado, evidenciando a crescente
    preocupação das pessoas com a melhoria da qualidade de vida. Alimentos contendo
    culturas probióticas e compostos antioxidantes estão sendo desenvolvidos e inseridos
    no mercado constantemente. O chá mate, bebida muito consumida no Brasil, possui
    elevada capacidade antioxidante e, por isso, promove benefícios ao organismo,
    tornando-se uma alternativa promissora para a adição de culturas probióticas.
    Objetivou-se nesse trabalho adicionar Lactobacillus plantarum LP 299V, Lactobacillus
    rhamnosus GG e Lactobacillus acidophilus em chá mate comercial e avaliar durante
    28 dias de vida de prateleira a viabilidade das bactérias probióticas no produto, as
    características microbiológicas (Salmonella sp. e coliformes a 45 oC) e físico-químicas
    (pH, acidez e oBrix) dos produtos obtidos. Foram preparadas 5 amostras de chá
    contendo os diferentes micro-organismos e 5 amostras de chá controle. No chá
    enriquecido com L. plantarum LP 299V, foi avaliada a digestão gastrointestinal in vitro,
    a capacidade antioxidante, inibição de peróxido de hidrogênio, sequestro de óxido
    nítrico, compostos fenólicos totais e flavonoides ao longo da vida de prateleira. L.
    plantarum LP 299V e L. rhamnosus GG se mantiveram viáveis no chá (p>0,05)
    durante a estocagem refrigerada, entretanto L. acidophilus apresentou contagem <
    1,0 x 101 UFC/mL estimado. Os chás se mantiveram seguros para consumo ao longo
    da vida de prateleira, já que houve ausência de Salmonella sp. e a contagem de
    coliformes a 45 oC foi < 1,0 x 101 NMP/mL, conforme estabelecido pela legislação
    brasileira. O pH não sofreu variação (p>0,05) ao longo dos 28 dias de estocagem,
    apresentando médias de 4,04 para o chá controle, 4,03 para o chá adicionado de L.
    rhamnosus GG e 4,04 para o chá contendo L. plantarum LP 299V. As médias dos
    valores de acidez dos chás (p>0,05) contendo L. plantarum LP 299V e L. rhamnosus
    GG foram de 1,24 % e 1,22 %, respectivamente. O conteúdo de sólidos solúveis não
    variou entre o tratamento controle e os chás contendo bactérias probióticas (p>0,05).
    O chá mate se mostrou bom carreador para as bactérias probióticas, e não houve
    fermentação do mesmo. Ao final do ensaio in vitro de resistência gastrointestinal, na
    fase entérica II, verificou-se em média 3,3 x 104 UFC/mL de L. plantarum LP 299V,
    sugerindo que o consumo de 100 mL de chá possa fornecer, aproximadamente, 3,3 x
    106 UFC/mL do probiótico ou 6,52 Log UFC. Em relação à capacidade antioxidante,
    não se constatou diferença entre os chás ao final do período de estocagem refrigerada
    (p>0,05). Os chás foram capazes de inibir 100% o peróxido de hidrogênio, cerca de
    50% de óxido nítrico e os compostos fenólicos totais apresentaram médias de 503,2
    μg/mL e de 510,9 μg/mL (p>0,05) nos tempos 0 e 28 dias, respectivamente. Foram
    identificados, por HPLC, compostos fenólicos característicos do chá mate como
    ácidos hidroxicinâmicos e metilxantina, e não houve diferença (p>0,05) do conteúdo
    de flavonoides entre as amostras controle e contendo L. plantarum LP 299V. O chá
    mate é um potencial veículo de L. rhamnosus GG e um veículo promissor de L.
    plantarum LP 299V, o que o torna uma bebida atrativa e alternativa à matriz láctea,
    podendo ser inserida na dieta dos consumidores que buscam alimentos funcionais.

2019
Dissertações
1
  • JESSICA SOARES MIRANDA
  • OBTENÇÃO DE BALAS PROBIÓTICAS Á BASE DE GELATINA ENRIQUECIDAS COM FRUTOS NATIVOS DA MATA ATLÂNTICA

  • Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
  • Data: 12/09/2019
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  • No Brasil produtos de confeitaria estão associados à alimentos ricos em açúcar e
    corantes artificiais que promovem danos à saúde dos consumidores. Culturas
    probióticas e ingredientes bioativos tais como os antioxidantes podem ser utilizados
    para melhorar as características desses produtos, caracterizando-os como alimentos
    funcionais. Polpas de frutas, como juçara e maracujá, apresentam pigmentos e
    nutrientes que as tornam alternativas interessantes na produção de balas
    adicionadas de probióticos. O objetivo dessa pesquisa foi desenvolver confeitos de
    gelatina sabor juçara e maracujá enriquecidos com Bacillus coagulans GBI-30 6086.
    As balas foram avaliadas durante 90 dias de vida de prateleira quanto as
    características físico químicas (Aw, acidez, pH, cor e textura), antocianinas totais,
    capacidade antioxidante, características microbiológicas (coliformes termotolerantes
    e presença de Salmonella sp.), viabilidade e resistência do probiótico ao trato
    gastrointestinal (TGI) in vitro, e aceitação sensorial. As balas apresentaram atividade
    de água intermediária de 0,73 ± 0,02 (0 dias) a 0,71 ± 0,01 (90 dias), sem alteração
    (p>0,05) entre os tempos avaliados. Verificou-se acidez média de 1,53% de ácido
    cítrico. O pH não foi afetado em relação ao tempo de estocagem (p>0,05), estando
    entre 3,83 a 3,81 nos tempos 0 e 90 dias, respectivamente. As balas apresentaram
    manutenção das coordenadas de cor (L*, a* e b*), não havendo alteração ao longo
    do tempo (p>0,05). A resiliência e a coesividade também não foram afetadas pelo
    tempo de armazenamento e as balas apresentaram valores médios inferiores de
    resiliência (0,43) em relação a coesão (0,83). As balas apresentaram teores
    significativos de antocianinas de 166,7 mg/100 g (0 dias) a 128,63 mg/100 g (90
    dias) e de atividade antioxidante 254,30 μM TROLOX/g (0 dias) a 228,89 μM
    TROLOX/g (90 dias) não sendo afetados pelo tempo de armazenamento (p>0,05). O
    produto se manteve seguro para consumo, uma vez que houve ausência de
    Salmonella sp e o número mais provável de coliformes termotolerantes foi inferior ao
    máximo permitido pela legislação brasileira. Foram encontradas contagens
    superiores a 6,4 Log UFC/g de B. coagulans ao longo dos 90 dias de estocagem. No
    ensaio in vitro, verificou-se diferença da fase gástrica para as fases entéricas I e II
    (p<0,05), sendo a viabilidade média da cultura na fase gástrica de 6,57 Log UFC/g,
    aumentando para 6,83 Log UFC/g e 6,82 Log UFC/g nas fases entéricas I e II,
    respectivamente. A maior contagem de B. coagulans nas balas de gelatina sabor
    juçara e maracujá ocorreu em 60 dias de armazenamento. O consumo de uma
    porção de 30 g das balas oferece, aproximadamente, 7,82 Log UFC/g do probiótico,
    promovendo benefícios aos consumidores. As balas elaboradas apresentaram
    excelente aceitabilidade dos atributos avaliados, com escores acima de 7,9 na
    escala hedônica. Os provadores preferiram o sabor e a impressão global do produto
    após 90 dias de armazenamento (p<0,05). Os resultados obtidos sugerem que as
    balas de gelatina sabor juçara e maracujá representam um excelente veículo de B.
    coagulans GBI-30 6086. A adição de polpas de juçara e maracujá é viável
    industrialmente em substituição aos corantes artificiais, sendo fonte de compostosbioativos no produto que apresenta potencial no mercado de confeitaria, devido aos diversos benefícios associados à saúde dos consumidores.

2
  • ADRIANA DA CONCEICAO TEIXEIRA DE MOURA
  • DESENVOLVIMENTO DE ANTEPASTO DE KEFIR ENRIQUECIDO COM Lactobacillus acidophilus La-5 E COPRODUTOS AGROINDUSTRIAIS

  • Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
  • Data: 02/10/2019
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  • O presente estudo teve como objetivo desenvolver antepasto de kefir enriquecido com Lactobacillus acidophilus e coprodutos agroindustriais. Grãos de kefir foram inoculados no leite que após fermentação e maturação foi dessorado preparando-se cinco formulações (F0: kefir, sal, alho e ervas finas, F1: F0 e L. acidophilus, F2: F1 e farinha de banana verde, F3: F1 e farinha de albedo de maracujá e F4: F1 e farinha de casca de laranja) que foram armazenadas por 28 dias sob refrigeração. Foram realizadas análises físico-químicas, instrumentais e sensorial nos tempos 0 e 28 dias e as análises microbiológicas nos tempos 0, 7, 14 e 28 dias de armazenamento. A simulação das condições gastrointestinais in vitro foi realizada para as formulações F0 e F4 nos tempos 0, 14 e 28 dias. Quanto aos parâmetros de pH e acidez, as formulações não diferiram entre si (p>0,05). Em relação à cor, as formulações apresentaram valores de luminosidade (L*) próximos a 55, valores de a* negativos para F0, F1 e F4 e positivos para F2 e F3 e b* entre 5 e 10,35. Em relação à tonalidade da cor (h*), as formulações F0, F1 e F4 tenderam a verde e as formulações F2 e F3 a amarelo. Não houve diferença (p>0,05) na análise instrumental de textura no tempo 0, porém, aos 28 dias de armazenamento, a formulação F3 apresentou maior firmeza e gomosidade que as demais. As formulações estavam conforme os padrões microbiológicos para coliformes termotolerantes e Salmonella sp. Em relação à viabilidade microbiana, não houve diferença significativa (p>0,05) entre as formulações e nem com o passar do tempo. Após a fase entérica II da simulação das condições gastrointestinais, as formulações F0 e F4 apresentaram a mesma contagem de bactérias láticas. Na avaliação sensorial para F0, os atributos variaram de "gostei moderadamente" a "gostei muito", para F1, a variação foi de "gostei ligeiramente" a "gostei muito" e em relação a F2, F3 e F4 os escores ficaram entre "indiferente" a "gostei moderadamente". A formulação controle e a adicionada de L. acidophilus não diferiram entre si (p>0,05) em nenhum dos parâmetros avaliados. A adição das farinhas e de L. acidophilus às formulações não interferiram nas características físico-químicas e microbiológicas dos antepastos. Porém, a farinha de albedo de maracujá fez com que a formulação se tornasse mais firme que as demais na análise instrumental de textura. A adição das farinhas e do probiótico não proporcionou aumento na viabilidade de bactérias láticas em relação ao controle. É possível elaborar antepasto à base de kefir e tanto a formulação controle quanto a adicionada de probiótico e fibras apresentaram contagens de bactérias láticas com potencial de colonizar o intestino.

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  • BETANIA CRISTINA ROSA
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PRODUTO CÁRNEO MULTIGRÃO

  • Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
  • Data: 10/10/2019
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  • As carnes são fontes de proteínase micronutrientes importantes para saúde, porém,
    não são fontes de carboidratos e fibra alimentar e enfrentam críticas negativas
    devido a presença de gorduras saturadas. Contudo, com o processamento da carne
    é possível introduzir estes nutrientes faltosos e obter maior equilíbrio nutricional nos
    produtos cárneos.Objetivou-se, nesse estudo, desenvolver um produto cárneo suíno
    multigrão nutricionalmente equilibrado, avaliando-se diferentes combinações e
    concentrações de grãos. Foramelaboradas três formulações com 15% de grãos,
    sendo a formulação A com equilíbrio nas concentrações dos grãos (3% de aveia, 3%
    de chia, 3% de linhaça, 3% de quinoa e 3% de sorgo),formulação B com priorização
    dos mais ricos em fibras e gorduras (1% de aveia, 6% de chia, 6% de linhaça, 1% de
    quinoa e 1% de sorgo) e formulação C com priorização dos mais ricos em
    carboidratos (4% de aveia, 1,5% de chia, 1,5% de linhaça, 4% de quinoa e 4% de
    sorgo). Tecnologicamente, foram avaliadas a Capacidade de Retenção de Água
    (CRA), rendimento e encolhimento na cocção.Foram realizadas as análises de cor
    objetiva antes e após a fritura e força de cisalhamento, bem como a oxidação e
    comportamento microbiológico durante o armazenamento. A aceitação das
    formulações foi medida por meio da escala hedônica de 9 pontos para os
    parâmetrosaparência, aroma, sabor, textura e impressão global e daintenção de
    compra de acordo com escala de 5 pontos. Foi determinada a saciedade antes,
    imediatamente depois e a cada 30 minutos após o consumo das formulações por
    meio da Escala Visual Analógica para as sensações de “fome”, “plenitude” e
    “vontade de comer”, durante 4 horas. Após realização de análises estatísticas,
    verificou-se que a formulação B apresentou-se com maior CRA, menor força de
    cisalhamento em relação a C e menores escores de aceitação em relação a C e de
    intenção de compra. Os índices de cor das formulaçõesantes da fritura foram
    semelhantes, sendo apenas a luminosidade (L*) da C maior do que a B. Após a
    fritura todos os índices foram iguais. Comparando os índices de antes e após a
    fritura, verificou-se menores valores de L* e maiores de a* para todas as
    formulações após a fritura. O processo de elaboração mostrou-se efetivo no controle
    da oxidação lipídica e na estabilidade microbiológica durante o armazenamento. Em
    jejum, verificou-se semelhança entre as formulaçõespara sensação de “plenitude” e,
    imediatamente após o consumo, todas inibiram a fome e saciaram igualmente. Entre
    30 e 240 minutos após o consumo, não houve diferença entre as formulações e na
    interação tempo x formulação, porém houve aumento significativo na sensação de
    “fome” e “vontade de comer” e redução da “plenitude”,de forma semelhante, ao
    longo do tempo. Apesar de não ter sido observada diferenças na saciedade, os
    resultados demonstraram que as formulações possuem características satisfatórias
    que podem favorecer o aumento do consumo de fibras e gorduras insaturadas pela
    população.

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  • DANIELA APARECIDA FERREIRA SOUZA
  • UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA DE BANANA VERDE COMO SUBSTITUTA DE GORDURA EM SORVETE ENRIQUECIDO COM BACTÉRIA PROBIÓTICA 

  • Orientador : WELLINGTA CRISTINA ALMEIDA DO NASCIMENTO BENEVENUTO
  • Data: 25/10/2019
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  • Objetivou-se nesse estudo obter biomassa de banana verde (BBV) e avaliar sua adição como substituta de gordura em sorvete enriquecido com Lactobacillus casei. Após a obtenção da BBV,  avaliou-se a influência do armazenamento refrigerado e congelado e adição de ácido cítrico sob os parâmetros de cor, pH e acidez titulável, atividade de água (Aa) e perfil de textura ao longo de 30 dias de armazenamento. Posteriormente, foram elaboradas quatro formulações de sorvete contendo o microrganismo Lactobacillus casei, sendo uma controle (sem adição de BBV) e três com percentuais de 2, 4 e 6% de substituição de gordura por BBV. Durante 90 dias de armazenamento congelado (-18°C), nos tempos 0, 30, 60 e 90 dias, os produtos foram avaliados quanto ao pH, acidez, cor, taxa de derretimento,  qualidade microbiológica, efeito prebiótico de diferentes concentrações de BBV sobre Lactobacillus casei e resistência da estirpe às condições gastrointestinais simuladas in vitro. No tempo zero foram analisados overrun, teor de gordura e microestrutura. Foi realizada também análise sensorial das formulações. Em relação à BBV, após 20 dias de armazenamento as amostras apresentaram-se mais escuras e com redução da variável b*. Após 10 dias verificouse redução da variável a*.  O pH das BBV elaboradas sem adição de ácido cítrico e mantidas refrigeradas foi o que apresentou maior valor médio, diferindo significativamente dos tratamentos com ácido. Em relação à textura, o parâmetro resiliência aumentou a partir do 10° dia de armazenamento. Na mastigabilidade, foi observada diferença (p<0,05) entre o tempo 30 e os tempos 0 e 10 dias, havendo um aumento nesse parâmetro. Para coesividade, todas as amostras diferiram entre si (p<0,05) sendo significativamente maior, após 20 dias de armazenamento. Resiliência e mastigabilidade foram menores para as biomassas armazenadas refrigeradas. Para elasticidade verificou-se interação (p<0,05) entre os tratamentos e o tempo de armazenamento, sendo esse parâmetro menor para as BBV mantidas refrigeradas. O valor médio de Aa foi 0,99 (p>0,05). Em relação ao sorvete, os valores de pH na formulação controle e com 6% de BBV diferiram (p<0,05) apresentando valores de 6,93 e 6,82, respectivamente. Não houve diferença (p>0,05) para L* a* e b*, entre os tratamentos e durante o período de armazenamento dos sorvetes. O valor médio de overrun foi 9,93% (p>0,05). Após 60     dias, o sorvete adicionado de 6% de biomassa apresentou menor taxa de derretimento. O teor de gordura diferiu (p<0,05) entre os tratamentos controle e com substituição da gordura por 4 e 6% de BBV. Todos os sorvetes estavam microbiologicamente seguros para o consumo. As contagens de L. casei variaram entre 7,10 e 7,56 Log UFC.g-1 nas quatro formulações, sendo que a adição de BBV não afetou a viabilidade, o demonstra a possibilidade de sua utilização. No ensaio in vitro  ao final de 90 dias de armazenamento, a contagem média de L. casei na fase entérica II foi de 5,32, 5,11, 4,14 e 3,92 log UFC.g-1 para os tratamentos controle e contendo 2%, 4% e 6% de BBV, respectivamente. Os sorvetes apresentaram boa aceitação pelos julgadores. O sorvete elaborado mostrou-se um veiculo promissor para carreamento de L. casei e a BBV um potencial substituto à gordura do sorvete. 

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  • MARIANE LAUREANO FLORINDO DE FREITAS
  • Sistema de gestão de qualidade em uma indústria processadora de alimentação animal: um estudo de caso.

  • Orientador : JOSE MANOEL MARTINS
  • Data: 30/10/2019
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  • As indústrias produtoras de rações têm buscado por alternativas de produção que as mantenham competitivas no mercado, empregando processos de fabricação que além de satisfazer as exigências dos compradores, permitam trabalhar com custos de produção mais baixos. Assim, o objetivo deste estudo foi implementar sistemas de gestão da qualidade em uma indústria fabricante de produtos destinados à alimentação animal. A implementação dos sistemas de gestão da qualidade na empresa, realizou-se no período de julho de 2018 a outubro de 2019, sendo efetuada também nesta etapa, a revisão dos documentos: BPF (manual de boas práticas de fabricação) e POP (procedimentos operacionais padrão). Para a coleta de dados, foi aplicado um check list, contido na Instrução Normativa nº 04 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, antes e após a implementação dos sistemas de gestão da qualidade, a fim de identificar possíveis não conformidades, além dos efeitos das ações corretivas. Mediante a primeira aplicação do check list, na avaliação do estabelecimento, foram encontrados diversos itens com a necessidade de adequações, a saber: Item 1 – instalações, equipamentos e utensílios, com 79% de itens conformes, contudo, sendo ainda necessário à adequação de 21% de itens não conformes; Item 2 – programa de treinamento de funcionários, que resultou em 67% de conformidades, sendo preciso corrigir 33% das falhas encontradas e Item 3 – controle do processo de produção, armazenamento e expedição, onde observou-se 30% de itens não conformes, o que permitiu 70% de conformidades. Já para avaliação dos procedimentos operacionais padrão, foi possível identificar que dentre os 9 POP avaliados, 4 apresentaram não conformidades com a legislação, sendo estes: qualificação de fornecedores e controle de matérias-primas e embalagens (POP 1), higiene e saúde do pessoal (POP 3), prevenção de contaminação cruzada (POP 5) e controle de resíduos e efluentes (POP 8), obtendo os percentuais de conformidade de 75, 64, 88 e 80%, respectivamente. Por outro lado, a higienização de instalações, equipamentos e utensílios (POP 2), potabilidade da água e higienização dos reservatórios (POP 4), manutenção e calibração de equipamentos e instrumentos (POP 6), controle integrado de pragas (POP 7) e rastreabilidade e recolhimento de produtos (POP 9), encontraram-se totalmente conformes, antes e após a implementação dos sistemas de gestão da qualidade. Diante disso, tornou-se obrigatória a adequação de todas as não conformidades encontradas em alguns setores desta unidade. Em virtude da implementação das BPF e POP, todos os quesitos que apresentaram não conformidades foram corrigidos e ao término deste estudo, o estabelecimento que antes se enquadrava no grupo 2, com 76,42 pontos, após a implementação dos sistemas de gestão da qualidade passou a pertencer ao grupo 1, tendo mais de 80 pontos em seu resultado final.

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  • GIOVANA MOREIRA DA COSTA
  • ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE FARINHA DE BAGAÇO DE MALTE E UTILIZAÇÃO EM PRODUTOS DE PANIFICAÇÃO.

  • Orientador : VANESSA RIANI OLMI SILVA
  • Data: 05/11/2019
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  • A produção em microcervejarias gera uma quantidade considerável de resíduo, como o bagaço de malte, que é resultante da primeira etapa da produção, a mosturação. Este apresenta elevados teores de fibras, proteínas e compostos bioativos em sua composição e sua capacidade tecnológica está ligada a estes seus componentes. O aproveitamento de resíduos agroindustriais como fonte de matéria prima para novos produtos vem despertando o interesse tanto de pesquisadores como das indústrias. Dentro deste contexto o objetivo geral deste trabalho foi elaborar e caracterizar uma farinha de bagaço de malte, gerado em microcervejarias, e verificar o potencial de utilização da mesma em produtos de panificação. O projeto foi realizado no IF Sudeste MG, campus Rio Pomba. Foram utilizados 3 lotes diferentes de bagaço de malte de produção de cerveja estilo pilsen. Os resultados das análises físico-químicas da farinha de bagaço de malte, utilizando metodologia oficial da AOAC (2016), apresentaram 14,44% em proteínas, 6,3% em lipídios e 2,97% em cinzas, percentuais em base seca. A aw encontrada foi 0,6 e o pH médio 5,2. O teor de glúten, quantificado através do método baseado em imunoensaios utilizando um kit comercial ELISA, foi 53 ppm, o que rotula a farinha como um alimento de baixo de teor de glúten. Os pães foram elaborados com a farinha de bagaço de malte, farinha de trigo integral e farinha de trigo tradicional. Na análise sensorial, foi feito um teste de aceitação, intenção de compra além de metodologia CATA. O pão com substituição de 15% de farinha de trigo por farinha de bagaço de malte obteve boa aceitação sensorial e intenção de compra, o pão com substituição de 30% não diferiu (p>0,05) da amostra controle com 100% de farinha de trigo especial, sendo os atributos de cor escura, textura fibrosa e aroma de fermentado alcóolico as principais características associadas a este. Concluiu-se então que a reutilização do resíduo de produção de cerveja na alimentação humana representa um procedimento de caráter sustentável e que deve ser explorado cada vez mais, devido às boas características nutricionais do bagaço e sua oferta abundante. Foi confirmado sua boa aceitação em pães e novas pesquisas de incorporação em outros tipos de alimentos podem ser exploradas.

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  • ERIK FLORES FERNANDES
  • PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE ÁGUA DE COCO E CALDO DE CANA

  • Orientador : MAURICIO HENRIQUES LOUZADA SILVA
  • Data: 19/12/2019
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  • O seguimento de cervejas artesanais tem se desenvolvido bastante nos últimos anos. Os consumidores, cada vez mais habituados ao consumo desse tipo de cerveja mantém uma demanda constante por novidades no mercado. Mais que preços acessíveis, buscam atributos sensoriais novos e atrativos. Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de produzir e avaliar cervejas artesanais estilo Pale Ale adicionadas de caldo de cana e água de coco. As cervejas foram formuladas com malte Pilsen Agrária, Fermento S04 Fermentis, lúpulo Citra Barth-Hass, água de coco 4 ºBrix e caldo de cana 21 ºBrix. As análise físico-químicas realizadas foram de teor alcoólico, pH, acidez total, acidez volátil, estrato real, extrato primitivo e cor. Também foi realizado teste de aceitação sensorial com escala hedônica de 9 pontos com 120 avaliadores não treinados. O emprego de caldo de cana e água de coco na formulação de cervejas do tipo Pale Ale possibilitou desenvolvimento de atributos que alcançaram aceitação maior quando comparadas com a cerveja puro malte. A formulação com 10% de caldo de cana obteve os maiores escores médios para os atributos Aroma, Textura e Impressão Global. A formulação com 10% de caldo de cana + 10% de água de coco obteve o maior escore médio para o atributo Sabor. Para o atributo Coloração não houve diferença significativa entre as medias dos tratamentos. Os resultados das análises físico-químicas para Teor alcoólico, pH, Acidez total, Acidez volátil, Extrato Real, Extrato Primitivo e Cor não apresentaram diferença significativa pelo Teste de Tukey (p˂0,05). Os resultados sugerem que a adição dos materiais não afetou as características físico-químicas, mas influenciou de modo significativo e positivo os atributos sensoriais.

8
  • MAIARA FONSECA DIAS
  • EMULSÕES GELIFICADAS DE ÓLEOS VEGETAIS COMO SUBSTITUTO PARCIAL DA GORDURA SUÍNA E USO DE EXTRATO DE ALECRIM EM HAMBÚRGUERES

  • Data: 19/12/2019
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  • EMULSÕES GELIFICADAS DE ÓLEOS VEGETAIS COMO SUBSTITUTO PARCIAL DA GORDURA SUÍNA E USO DE EXTRATO DE ALECRIM EM HAMBÚRGUERES 

2015
Dissertações
1
  • BARBARA BARA DE MARTIN GAMA
  • Implantação de sistemas de gestão da qualidade e apoio ao credenciamento no serviço de inspeção sanitária industrial em uma agroindústria familiar de leite e derivados.

  • Orientador : JOSE MANOEL MARTINS
  • Data: 11/12/2015
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  • Todo estabelecimento de produtos de origem animal, antes de comercializar seus alimentos, precisa obrigatoriamente passar pelo credenciamento nos serviços de inspeção sanitária industrial e adotar sistemas de gestão da qualidade como os procedimentos padrão de higiene operacional (PPHO) e as boas práticas de fabricação (BPF). Este estudo teve como objetivo implantar sistemas de gestão da qualidade em uma agroindústria de leite e derivados e apoiá-la no credenciamento no serviço de inspeção sanitária estadual, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba. Trata-se de uma pesquisa descritiva e de natureza descritiva e qualitativa. O cenário de estudo foi uma agroindústria familiar de leite e derivados, localizada na Zona da Mata mineira. Para a captação de informações sobre a realidade da agroindústria foi utilizada a lista de verificação das boas práticas de fabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos de acordo com a Resolução RDC nº 275/2002 da ANVISA e questionários semiestruturados abordando a análise de custo de implantação dos sistemas de gestão da qualidade (BPF e PPHO), credenciamento no serviço de inspeção sanitária (IMA) e questões relativas aos desafios existentes nesta implantação e no credenciamento. Procedeu-se a confecção do manual de PPHO contemplando os elementos exigidos pela legislação e, paralelamente, o manual das BPF, constituindo-se estas duas ferramentas numa proposta de se integrarem e se complementarem para a melhoria da qualidade dos produtos e processos. Com a aplicação da lista de verificação, antes e depois da implantação das BPF, foram discriminados percentuais de não conformidades dos principais itens relacionados a edificações e instalações; equipamentos, móveis e utensílios; manipuladores; produção e transporte do alimento e documentação. As não conformidades verificadas foram tabuladas e posteriormente corrigidas pela agroindústria durante a implantação das BPF com a aquisição de materiais e equipamentos, por reformas em área física e, principalmente por capacitação, motivação, conscientização dos funcionários e comprometimento da agroindústria como um todo. Entre as mudanças mais relevantes apontadas pela agroindústria destaca-se a conscientização da necessidade da pequena indústria familiar se adequar às normas para melhoria da qualidade dos seus produtos, obtendo assim um melhor funcionamento e organização. Quanto aos entraves para a implantação das ferramentas de gestão da qualidade mereceu destaque o fator tempo para se colocar em prática as propostas apresentadas e a limitação quanto aos recursos financeiros da agroindústria. O custo parcial para a implantação dos sistemas de gestão da qualidade, considerando compra de equipamentos e mudanças estruturais ficou em torno de R$75.000,00 (valor necessário para o credenciamento da agroindústria junto x ao serviço de inspeção sanitária estadual). A dificuldade encontrada foi a implantação do que é exigido frente a algumas informações consideradas novas. Quanto às facilidades, destacou-se o apoio da equipe na obtenção da documentação exigida para o credenciamento e a capacitação realizada pelo proprietário, para ampliar o conhecimento acerca da implantação dos sistemas de gestão da qualidade, tendo em vista a melhoria dos produtos e a possibilidade de buscar novos mercados.

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