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Dissertações |
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RAFAEL HENRIQUE DE ALMEIDA FERREIRA
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PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES DE CARNE E APLICAÇÃO DE UM REGULAMENTO TÉCNICO DE BOAS PRÁTICA ESPECÍFICAS PARA O COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES E AVALIAÇÃO DA HIGIENIZAÇÃO PELA TÉCNICA DE ATP BIOLUMINESCÊNCIA.
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Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
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Data: 10/01/2023
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Garantir a segurança de carnes é um desafio devido à alta perecibilidade deste alimento. A Resolução SES-MG 7123/2020 foi elaborada para adequar os estabelecimentos varejistas de carne e assim obter produtos com melhor qualidade. Este estudo objetivou fazer uma revisão bibliográfica sobre microbiota endógena e contaminante de carne, avaliar, por meio de questionário on-line, a percepção de consumidores que adquirem carne em comércios varejistas em relação à qualidade do produto e avaliar as condições higiênico-sanitárias de estabelecimentos varejistas de carne da cidade de Barroso-MG e intervir em busca de melhorias. Para a realização da pesquisa on-line, foi aplicado um formulário do Google Formulários aos consumidores com perguntas relacionadas às práticas higiênico-sanitárias dos estabelecimentos. A lista de verificação da Resolução SES/MG no 7123/2020 foi aplicada antes e após as intervenções, sendo os dados obtidos convertidos em percentuais de conformidade e não conformidade e os estabelecimentos classificados em grupo 1, 2 ou 3. Foram coletadas amostras utilizando-se a técnica do ATP- bioluminescência de superfície (placa), utensílio (faca), equipamento (máquina de moer carne) e mãos dos manipuladores que manuseiam a carne antes e após os procedimentos rotineiros de higiene. O conhecimento dos colaboradores quanto às boas práticas de fabricação foi avaliado. Realizou-se um comparativo das médias dos resultados de ATP-bioluminescência (Log URL) a partir do Teste t para dados pareados à 5% de probabilidade. De acordo com a pesquisa on-line, somente 7% dos 400 respondentes estão totalmente satisfeitos (nota 10) com os açougues de suas respectivas cidades. Os consumidores indicaram que a higiene é primordial em comércios varejistas de carnes e os aspectos visíveis nos estabelecimentos foram mais reportados quando comparados com documentação, alvará sanitário ou selo de inspeção nas carnes. Quanto à lista de verificação, antes das instruções todos os oito estabelecimentos se enquadraram no grupo 2 e após as orientações, somente dois passaram para o grupo 1. Dos 14 colaboradores avaliados, quatro atingiram porcentagem de acertos acima da média (>77%), estes possuíam capacitação na área de alimentos ou curso superior. Apenas dois estabelecimentos (4 colaboradores) participaram da capacitação e atingiram 100% de acertos na reaplicação da avaliação. Antes das orientações, todas as amostras coletadas foram consideradas em condições higiênicas insatisfatórias. Após as orientações, duas foram consideradas em condições higiênicas satisfatórias, e seis em condições de alerta. Após a intervenção houve redução (p<0,05) nos valores de log URL em 4 estabelecimentos para as amostras mão e moedor. Percebe-se falta de fiscalização e punição pela vigilância sanitária municipal, pois a maioria dos estabelecimentos apesar de possuírem o alvará sanitário apresentaram várias não conformidades.
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VANESSA CRISTINA DE PAULA LAGE
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DESENVOLVIMENTO DE FARINHA DE CASCA DE BANANA MADURA E SEU POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE PÃO DE MEL NO MUNICÍPIO DE TRAJANO DE MORAES/RJ
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Orientador : ANDRE NARVAES DA ROCHA CAMPOS
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Data: 10/03/2023
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A desnutrição, a fome e o desperdício são fatores que crescem constantemente no mundo. Utilizar as cascas de frutas é uma alternativa para solucionar esse desafio e gerenciar o subproduto descartado por algumas agroindústrias de alimentos de forma inapropriada. Este descarte ocasiona grande impacto ambiental, embora as pesquisas sobre tal aproveitamento salientem que as cascas das frutas são ricas em nutrientes e possuem potencial para agregar valor nutricional aos alimentos. Diante disso, a proposta do presente trabalho foi avaliar a intenção de aproveitamento por produtores/agroindústria da casca da banana madura, a percepção dos consumidores em geral sobre o consumo de produtos elaborados a partir da farinha de casca de banana madura (FCBM) e incentivo da secretaria de educação e prefeitura do município de Trajano de Moraes/RJ acerca do seu processo de obtenção, bem como análises nutricional e físico-química e seu potencial para utilização em formulações de pão de mel e a partir disso, com substituição parcial de farinha de trigo. A pesquisa de percepção de potenciais consumidores indicou que 91% dos respondentes consumiriam pão de mel adicionado de farinha de casca de banana. Dos produtores do município de Trajano de Moraes, 40% indicaram que produziriam a farinha, caso tenha para onde vender o produto desenvolvido a partir dessa matéria-prima, sendo o fator de comercialização importante para esta decisão. O poder público municipal indicou que apoiaria a iniciativa, e que seriam alimentos passíveis de aquisição pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Considerando este contexto, a análise econômica indicou que o processamento da farinha para produção de pão de mel pode ser interessante para produtores que já possuem a agroindústria de doces instalada podendo trazer retorno em 12 meses. Quanto ao processamento da farinha, dos três tratamentos da casca testados (controle, branqueamento e a utilização de ácido cítrico), o tratamento com ácido cítrico (32,4%) e o controle (34,68%) apresentaram maior luminosidade e os maiores percentuais de cinzas, ou seja, valores significativos, p< 0,05. O tratamento com branqueamento apresentou a menor acidez (0,163%), promoveu o maior percentual de lipídeos (5,67%), diferindo estatisticamente (P>0,05) das demais amostras. A farinha apresentou rendimento significativo (15%) e se destacou pelo conteúdo de compostos fenólicos (entre 3185 mg AGE 100 g-1 a 3303 mg AGE 100 g-1), além de ter tido resultado significativo estatisticamente em relação a capacidade antioxidante (entre 2568 μmol Trolox g-1 a 2683 μmol Trolox g-1). A farinha processada e tratada com ácido cítrico foi utilizada para produção do pão de mel em substituição à 0, 15 e 30% da farinha de trigo. Os pães de mel estavam aptos para o consumo por se apresentarem de acordo com a legislação para as análises microbiológicas. A análise sensorial demonstrou que não houve diferença entre os pães controle e aqueles contendo 15% de FCBM em substituição à farinha de trigo. Dessa forma, a FCBM é um ingrediente que oferece diversas possibilidades para a indústria alimentícia, incluindo novas formulações, como o pão de mel. Estes estudos serão importantes para subsidiar os produtores do município de Trajano de Morais quanto à possibilidade de investir no aproveitamento deste subproduto agroindustrial, contribuindo para a qualidade ambiental e para a geração de emprego e renda.
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PRISCILA RENATA DA COSTA
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PARÂMETROS DE QUALIDADE ÉTICA E DE CARNE EM ABATE DE BOVINOS NUMA PLANTA FRIGORÍFICA COMERCIAL DE PEQUENO PORTE
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Orientador : AUGUSTO ALOISIO BENEVENUTO JUNIOR
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Data: 21/03/2023
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O conceito de qualidade é comumente relacionado a aspectos intrínsecos da carne, no entanto, alguns autores já o definem sob aspectos que também englobam o bemestar do animal, denominando-se qualidade ética, e fatores que possam influenciá-la precisam ser avaliados. Diante o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do grupo racial e do sexo sobre indicadores de qualidade ética de abate e qualidade de carne de bovinos em uma planta frigorífica comercial de pequeno porte localizado na macrorregião de São João Del-Rei/MG. Avaliou-se 1387 bovinos, de diferentes grupos raciais e sexo entre os meses de junho a dezembro de 2021. Após os animais serem submetidos à insensibilização por pistola pneumática de dardo cativo penetrante (DALPINO® ) foram observados a pressão da pistola, quantidade de disparos efetuados em cada animal, local de aplicação do disparo e sinais de consciência (vocalização, reflexo de endireitamento, reflexo palpebral e respiração rítmica). Avaliou-se o pH das carcaças 1 hora, 3 horas e 5 horas após abate e 24 horas após o resfriamento com o uso do pHmetro digital portátil para análise de semissólidos (AKSO® ). Realizou-se a mensuração da cor das carcaças 24 horas após o abate por método subjetivo através de comparação da cor com padrão BCS (AUS-MEAT e USDA). Calculou-se a capacidade de retenção de água (CRA) pelo método gravimétrico sem aplicação de força. O método dos modelos mistos gerais foi utilizado e o nível de significância estatística assumido foi de 5% e, em caso de efeitos estatisticamente significativos, o teste de Tukey foi utilizado para comparações múltiplas. Em relação a qualidade ética, os resultados sugerem diferenças na eficiência e qualidade da insensibilização de bovinos, sendo zebuínos melhor insensibilizados que taurinos e mestiços, e machos castrados do que machos inteiros e fêmeas. Em relação a qualidade de carne, os valores para cor, pH e CRA estiveram entre os limites considerados normais para carne bovina. Entretanto, esses resultados são preliminares e valem como ponto de partida para aprofundar o assunto em estudos futuros, uma vez que a variável idade não foi isolada na pesquisa. Quando se trata de uma planta de abate de pequeno porte há grande dificuldade na qualificação de recursos humanos e financeiros envolvidos, da logística, e da cultura de qualidade da empresa. Principalmente quando se trata de bem-estar animal e sua relação com a qualidade da carne. Após o desenvolvimento deste trabalho, foi possível implementar e adequar na rotina da indústria medidas de monitoramento dos animais abatidos, e da qualidade das carcaças, de modo a criar estratégias de crescimento e melhorias contínuas em busca de atender aos parâmetros de bem-estar animal e de qualidade de carne.
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CAMILA HORTA GAUDERETO RODRIGUES
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APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ON-LINE E INCORPORAÇÃO DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS EM QUEIJO MINAS PADRÃO
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Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
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Data: 24/03/2023
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Os queijos adicionados de probióticos se destacam entre os alimentos funcionais, pois podem protegê-los, desde a fabricação, até a passagem pelo trato gastrointestinal (TGI). Objetivou-se avaliar a viabilidade de inserção de probióticos em queijo Minas Padrão por meio da aplicação de questionário aos consumidores, além de desenvolver e caracterizar queijo Minas Padrão adicionado de Lactobacillus acidophilus L10, Lacticaseibacillus casei L26 e Bifidobacterium lactis B94. Primeiramente, foi elaborado e aplicado um questionário on-line contendo perguntas sobre os dados socioeconômicos, sociodemográficos, informações sobre a frequência do consumo de queijos, queijo Minas Padrão, probióticos e seus benefícios. Posteriormente, os queijos foram produzidos e as culturas probióticas L. acidophilus L10, L. casei L26 e B. lactis B94 foram adicionadas em quantidades de 108 células/mL de leite. As análises foram realizadas nos tempos 0, 20, 40, 60, 80 e 100 dias. Constatou-se que 99,4% (n=528) dos participantes consumiam queijos e que 55,5% (n=295) o consumiam pelo menos uma vez ao dia, sendo o fator preço o principal limitante de consumo do produto. Dos entrevistados, 98,3% (n=522) conheciam o queijo Minas Padrão e 49% (n=260) o consumiam de duas a quatro vezes na semana, sendo o consumo influenciado positivamente pela escolaridade (p=0,04) e renda (p=0,01). O conhecimento acerca de probiótico foi relatado por 84,9% (n= 451) dos participantes e a escolaridade foi um fator determinante nesse esclarecimento (p=0,0001). O fator renda influenciou (p=0,01) a intenção de pagar pelo queijo adicionado de probiótico em um valor de até 15% em relação ao valor de mercado do queijo tradicional. Além disso, os indivíduos com idade ≤ 40 anos demostraram maior intenção na aquisição de queijo Minas Padrão probiótico (p= 0,0042). De forma geral, a adição de probióticos e o tempo de armazenamento não influenciaram (p>0,05) as características físico-químicas e cor instrumental dos queijos. Entretanto, constatou-se aumento (p<0,05) do índice de extensão de maturação nos queijos dos tratamentos controle e adicionados de L. acidophilus L10 e no índice de profundidade de maturação nos queijos dos tratamentos controle e adicionados de L. acidophilus L10 ou de B. lactis B94. Em relação ao perfil de textura, a adesividade dos queijos adicionados de L. casei L26 aumentou (p<0,05) e a elasticidade reduziu (p<0,05) nos tratamentos contendo L. acidophilus L10 e L. casei L26. A contagem de bactérias do fermento lático mesofílico no tratamento controle reduziu (p<0,05) ao longo do armazenamento. Por outro lado, os queijos adicionados de L. acidophilus L10 ou de L. casei L26 apresentaram contagens médias desses probióticos acima de 7,99 log UFC/g, enquanto a contagem média de B. lactis B94 logo após o processamento foi de apenas 3,66 log UFC/g, ocorrendo aumento (p<0,05) ao longo do tempo, alcançando aos 100 dias de armazenamento 7,59 log UFC/g. Os três microrganismos quando veiculados individualmente em queijo Minas Padrão e submetidos à simulação do TGI in vitro não apresentaram contagem suficiente para exercerem o papel de probióticos, quando considerado o consumo de uma porção de 30 g desse queijo. De acordo com a avaliação sensorial, o tratamento adicionado de B. lactis B94 apresentou melhores nota para impressão global e intenção de compra aos 20 dias, enquanto L. acidophilus L10 foi o menos aceito aos 20 e 40 dias de armazenamento. No entanto, os quatro tratamentos apresentaram índice de aceitabilidade acima de 70%, o que é considerado satisfatório em relação às características sensoriais. Portanto, a escolha de estirpes de probióticos a serem utilizadas no queijo Minas Padrão deve ser realizada com cautela, pois a mesma deve resistir ao TGI e não ocasionar alterações sensoriais indesejáveis nesse alimento.
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JUSCINELE FRANCISCA VIEIRA CALSAVARA
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APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ON-LINE, DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO ADICIONADO DE PROBIÓTICOS E ELABORAÇÃO DE BOLETIM TÉCNICO
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Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
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Data: 27/03/2023
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Os queijos são considerados carreadores adequados de probióticos devido à proteção aos mesmos durante a passagem pelo trato gastrointestinal (TGI), sendo que o queijo Prato destaca-se entre os derivados lácteos consumidos no Brasil. Este trabalho objetivou desenvolver e aplicar questionário on-line a fim de identificar o perfil dos respondentes, conhecimento, consumo e preferência em relação a queijos, queijo Prato e probióticos e, desenvolver queijo Prato controle e adicionado de bactérias probióticas, além de elaborar boletim técnico de produção de queijo Prato adicionado de Lacticaseibacillus casei L26. Inicialmente, um questionário contendo perguntas de múltipla escolha e discursivas sobre os dados socioeconômicos e sociodemográficos foi aplicado a 531 respondentes. Informações acerca do consumo e frequência do consumo de queijos, queijo Prato, probióticos e seus benefícios foram obtidas. Além disso, uma nuvem de palavras foi criada para demonstrar a percepção dos respondentes em relação aos motivos para consumo de probióticos. Posteriormente, os queijos foram elaborados, sendo as culturas probióticas adicionadas, individualmente, em quantidades de 108 células/mL de leite e as amostras avaliadas quanto às características físico-químicas, cor e textura instrumental, microbiológicas, de viabilidade e de resistência in vitro dos probióticos ao TGI e sensorial durante o armazenamento. Em relação ao consumo de queijo, 99,4% (n=528) dos respondentes relataram que consumiam esse alimento, 98,0% (n=520) conheciam o queijo Prato, sendo esse conhecimento influenciado pelo nível de instrução e renda. Em relação a possuir conhecimento acerca de probióticos, 84,9% (n= 451) afirmaram conhecer esse termo. A contribuição com a saúde intestinal foi o fator mais destacado na nuvem de palavras na escolha de um alimento probiótico. Em relação à oferta de queijo probiótico no mercado, 92,8% (n=493) dos respondentes disseram achar interessante e 83,4% (n=443) possuíam curiosidade em consumir esse alimento. A Região e Estado (Minas Gerais) influenciaram na percepção dos respondentes sobre a oferta de queijos probióticos. Os indivíduos do sexo biológico feminino apresentaram interesse sobre o desenvolvimento de queijo Prato probiótico. Dos respondentes, 70% (n=372) pagariam entre 5% e 10% a mais nesse queijo. A adição das culturas probióticas e o tempo de maturação não influenciaram (p>0,05) as características físico-químicas, a cor instrumental e o perfil de textura dos queijos. Por outro lado, o tempo de armazenamento influenciou (p<0,05) o índice de extensão da maturação dos queijos adicionados de L. casei L26 ou de Bifidobacterium lactis B94. A contagem das bactérias da cultura starter usada na produção do queijo Prato do tratamento controle reduziu (p<0,05) ao longo do armazenamento entre 7,0 e 10,0 °C. Por outro lado, os queijos adicionados de Lactobacillus acidophilus L10 ou de L. casei L26 apresentaram contagens médias dessas bactérias acima de 8,26 log UFC/g, sendo as mesmas mantidas (p>0,05) ao longo dos 100 dias de armazenamento. A contagem de B. lactis B94 aumentou (p<0,05) ao longo do armazenamento, atingindo valor mínimo para ser considerado potencialmente probiótico aos 50 dias. Em relação à simulação in vitro ao TGI, os queijos adicionados de L. casei L26 foram considerados probióticos, uma vez que acima de 106 UFC dessa bactéria resistiu (p<0,05) às condições do TGI quando uma porção de 30 g de queijo Prato armazenado até 40 dias entre 7 °C e 10 °C for ingerida. Por outro lado, B. lactis B94 resistiu (p<0,05) ao TGI simulado in vitro apenas aos 100 dias de armazenamento e L. acidophilus L10 não resistiu (p>0,05) à simulação in vitro do TGI quando veiculado no queijo Prato. A adição de L. casei L26 alterou (p<0,05) as características sensoriais do queijo Prato, sendo constatado sabor amargo. No entanto, durante os 50 dias iniciais de armazenamento, os queijos desse tratamento apresentaram índice de aceitabilidade maior que 70%. As amostras adicionadas de L. acidophilus L10 ou de B. lactis B94 aos 25 e 50 dias de armazenamento também apresentaram bons índices de aceitabilidade. Portanto, a utilização de probióticos em queijo Prato pela indústria de laticínios pode ser exitosa para a diversificação de seus produtos com apelo funcional a fim de atender à demanda dos consumidores vinculada a saudabilidade e bem-estar. Entretanto, a escolha da estirpe de probiótico a ser utilizada deve ser realizada com cautela para que a mesma resista ao TGI e não ocasione alterações sensoriais indesejáveis no alimento.
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THAMIRIS CARLA CAMPOS SANTOS
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ANTEPASTO DE ERVILHA ENRIQUECIDO COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS: elaboração, caracterização e avaliação in vitro e in vivo com idosos institucionalizados
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Orientador : ELIANE MAURICIO FURTADO MARTINS
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Data: 19/04/2023
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Objetivou-se neste estudo elaborar antepasto à base de ervilha, enriquecido com bactérias probióticas, bem como avaliar as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais do produto obtido, além da resistência de L. plantarum LP299v ao trato gastroinstetinal (TGI) in vitro e a influência deste sobre fatores associados à constipação intestinal in vivo. Os antepastos de ervilha controle e adicionados dos probióticos mantidos refrigerados por 14 dias foram avaliados quanto ao pH, acidez, cor, proteína, viabilidade dos probióticos, fungos filamentosos e leveduras, Enterobacteriaceae e Escherichia coli. Foi avaliada a sobrevivência de L. plantarum ao ao trato gastroinstetinal (TGI) in vitro, além da avaliação sensorial por consumidores do campus Rio Pomba e por idosos institucionalizados. Fatores associados à constipação intestinal em idosos institucionalizados foram avaliados por estudo in vivo segundo os critérios de Roma III antes e após o consumo dos antepastos controle e contendo L. plantarum. O antepasto controle apresentou maior pH em comparação aos antepastos probióticos (p<0,05), mas o tempo não interferiu nessa característica. Não houve diferença (p>0,05) de acidez, luminosidade (L*) e da coordenada b* entre os diferentes antepastos e ao longo do tempo de estocagem. O percentual de proteína do antepasto controle foi maior comparado ao adicionado de L. rhamnosus GG (p<0,05). L. plantarum apresentou melhor viabilidade (p<0,05) no produto (8,24 Log UFC. g-1) comparado a L. rhamnosus (7,09 Log UFC. g-1) e o antepasto esteve seguro para consumo. No ensaio in vitro de resistência gastrointestinal, considerando o consumo de uma porção de 10 g, logo após o processamento, aproximadamente, 6,0 Log UFC/g de L. plantarum LP299v chegaria viável na porção final do TGI, estando disponível para promover potenciais benefícios ao consumidor, enquanto ao final dos 14 dias de estocagem, aproximadamente 5,0 Log UFC/g chegaria viável, havendo redução de, 1,0 ciclo Log, sugerindo o consumo do produto no início da vida de prateleira. Foram atribuídas notas médias entre 7,0 (gostei moderadamente) a 8,0 (gostei muito) para os atributos avaliados na análise sensorial com os consumidores e idosos institucionalizados. A prevalência de constipação autorreferida foi de 40% nos idosos avaliados. Quanto aos critérios de Roma III, verificou-se que o antepasto de ervilha, independente do tratamento (adicionado ou não de L. plantarum), auxiliou nas evacuações. A maioria dos idosos não apresentou esforço para evacuar após o consumo e, em ambos os grupos (que recebeu produto controle e contendo probiótico), a maioria também não apresentou fezes grumosas ou duras. Todos os idosos avaliados apresentaram alterações positivas dos tipos de fezes após o consumo dos antepastos, segundo a Escala Fecal de Bristol. Portanto, a ervilha é uma alternativa promissora para elaboração de produtos não lácteos probióticos com apelo funcional, podendo ser inserida em preparações alimentícias de idosos.
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LUCIENE DIAS SANTOS SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE PÃO DOCE ISENTO DE GLÚTEN E LACTOSE ENRIQUECIDO COM ORA-PRO-NÓBIS: avaliação físico-química, potencial funcional e sensorial
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Data: 28/04/2023
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O enriquecimento de alimentos por meio da utilização de plantas alimentícias não convencionais, como ora-pro-nóbis (OPN), pode ser uma interessante estratégia para atender a demanda dos consumidores por alimentos saudáveis. Desta forma, esse estudo objetivou desenvolver pão doce isento de glúten e lactose enriquecido com OPN e avaliar a qualidade físico-química, funcional e sensorial dos produtos elaborados. Análises de composição centesimal, volume específico, cor, textura, compostos fenólicos totais (CFT), capacidade antioxidante e sensorial foram realizadas em até 24h após a elaboração das formulações. Verificou-se que a adição de OPN aumentou os teores de proteínas e cinzas (p<0,05), enquanto reduziu o teor de carboidratos dos pães (p<0,05). Além disso, quanto maior a concentração de OPN adicionado, maior foi o volume específico dos pães (p<0,05), tornando-os mais macios e volumosos. Esses resultados foram ratificados na análise de textura, que mostraram que o OPN ajudou a manter a altura original do pão, reduzindo a dureza e a mastigabilidade do miolo, enquanto aumentou a coesividade, elasticidade e resiliência (p<0,05). Esses efeitos podem ser atribuídos à capacidade do OPN de reter água e aprisionar gases durante a fermentação. Em relação a cor, a adição de OPN afetou a cor da crosta e do miolo do pão (p<0,05), tornando a crosta mais escura e a cor do miolo verde-escura, sendo que essa última pode ser vista como um fator negativo em termos de atratividade visual do produto. Desta forma, é importante que as empresas considerem o perfil do consumidor ao desenvolver produtos com adição de OPN e explorem o conceito de alimentos funcionais, saudáveis e clean label para garantir o sucesso do produto. Quanto às propriedades funcionais, os resultados mostraram que a adição de OPN aumentou o teor de CFT e a atividade antioxidante do pão (p<0,05). Em relação a qualidade sensorial, a adição de OPN não interferiu na impressão global do produto em comparação com o pão controle (p>0,05) e todas as amostras apresentaram intenção de compra com notas >3,0 pontos. Assim, o uso de OPN em produtos alimentícios pode ser uma alternativa promissora. Especificamente, a adição de OPN ao pão sem glúten e sem lactose pode diversificar os alimentos disponíveis para pessoas com restrições alimentares. No entanto, mais estudos são necessários para comprovar os efeitos benéficos à saúde promovido pelo consumo de pão doce enriquecimento com OPN.
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ROSIMARLANI DE OLIVEIRA GONÇALVES
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DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE BARRAS DE FRUTAS ELABORADAS COM FARINHA DO RESÍDUO DO PROCESSAMENTO DE ACEROLA
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Orientador : GABRIEL HENRIQUE HORTA DE OLIVEIRA
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Data: 17/05/2023
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A geração de resíduos agroindustriais tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos, inclusive aqueles provenientes do processamento de acerola. Esses resíduos podem fornecer diversos nutrientes necessários à saúde, como vitaminas, minerais, fibras, carboidratos, proteínas e podem ser utilizados como matéria-prima para a obtenção de subprodutos de alto valor agregado, promovendo inúmeras possibilidades para uma produção sustentável. As barras de frutas são produtos versáteis, elaboradas a partir de uma variedade de ingredientes e, neste contexto a utilização da farinha do resíduo de acerola é uma opção viável para agregação de valor e melhoria da qualidade do produto. Portanto, o presente estudo objetivou elaborar e caracterizar barras de frutas adicionadas de FRA. Foram elaboradas quatro formulações, sendo uma formulação controle (F1), sem adição de FRA e três formulações com diferentes concentrações de FRA em relação à massa final: F2 (10 %), F3 (15 %) e F4 (20 %). As barras de frutas elaboradas foram avaliadas quanto às características físico-químicas (acidez total, proteína, cor, textura, umidade, fibras e vitamina C), microbiológicas (coliformes 30 e 45° C/g, bolores e leveduras/g e Salmonella/25g) e sensoriais (aceitabilidade e intenção de compra). As barras de frutas apresentaram 6,04 a 7,21 g 100 g-1 de proteína, 0,51 a 1,03 g 100 g-1 de acidez titulável, 14,41 a 35,00 N de força de cisalhamento, na análise de cor a coordenada L* variou 31,50 a 34,00, a* de 10,30 a 14,60 e b* de 5,00 a 11,50, e para a umidade foi verificada uma variação de 19,33 a 22,02 g 100 g-1. A fibra alimentar total variou de 20,93 a 30,28 g/100g e a vitamina C de 0,007 a 0,021 mg 100 g-1 .O produto atendeu aos padrões microbiológicos estabelecidos pela IN n° 60, de 23 de dezembro de 2019. As características sensoriais apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre as formulações. Os avaliadores demostraram preferência pelas formulações F1 e F2, para os atributos: aparência, aroma, sabor e textura. Os resultados encontrados nos atributos - intenção de compra para as amostras controle F1 foi de 3,47, seguido da F2 que foi de 3,02. Os resultados demonstraram que é viável elaborar barras de frutas contendo 10% da farinha de resíduo do processamento da acerola e que a formulação apresentou potencial de comercialização devido à boa aceitabilidade, necessitando de estudos futuros para uma caracterização mais ampla e adequações nas formulações propostas.
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ELAINE BERNARDO PACHECO
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UTILIZAÇÃO DE ESPECTROSCOPIA DO INFRAVERMELHO PARA AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO DOS QUEIJOS MINAS PADRÃO E PRATO ADICIONADOS DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS
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Orientador : MAURILIO LOPES MARTINS
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Data: 19/05/2023
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Uma das formas mais antigas de conservar o leite é por meio da produção de queijos, que podem ser descritos como um concentrado proteico-gorduroso, sendo sua obtenção feita mediante coagulação do leite seguida da remoção do soro. Dentre os queijos mais consumidos no Brasil, estão o Minas Padrão e o Prato. Assim, objetivou-se discriminar esses queijos adicionados de bactérias probióticas dos queijos controle por Espectroscopia do Infravermelho ao longo da maturação. As culturas probióticas (Lactobacillus acidophilus L10, Lacticaseibacillus casei L26 e Bifidobacterium lactis B94) foram adicionadas, individualmente, em quantidades de 108 células/mL de leite pasteurizado e os queijos foram elaborados. Além disso, foram produzidos queijos sem adição de probióticos, controle, contendo somente a cultura starter (Lactococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris). A obtenção dos dados espectrais por Espectroscopia do Infravermelho Médio com Transformada de Fourier e Refletância Total Atenuada (FT-MIR-ATR) e por Infravermelho Próximo com Transformada de Fourier (FT-NIR) ocorreu nos tempos 0 (logo após a produção), 20, 40, 60, 80 e 100 dias nas amostras de queijos Minas Padrão e aos 0, 25, 50, 75 e 100 dias nas amostras de queijos Prato, sendo ambos os queijos armazenados entre 7,0 °C e 10,0 °C. Posteriormente, foi realizado o processamento dos dados e Análise de Componentes Principais. A técnica FT-MIR separou as amostras controle das que continham os probióticos, mas não diferenciou os tempos de maturação. Já a técnica FT-NIR só discriminou os tipos de queijo, mas não separou as amostras controle das que continham probióticos. O FT- MIR foi mais específico, separando o conjunto de amostras controle, ou seja, identificou a presença dos probióticos, embora não tenha sido possível realizar a discriminação de cada um deles, sendo um dos fatores responsáveis pela limitação do poder discriminatório do FT-MIR à heterogeneidade das amostras, revelada pelas diferenças em termos de intensidades relativas dos picos para cada espectro das triplicatas. Além disso, não houve uma discriminação entre tempos de maturação dos queijos, sendo necessários estudos que avaliem a maturação imediatamente após a fabricação, analisando diariamente até o mínimo de dias estabelecido pela legislação, a fim de detectar possíveis diferenças. De forma geral, as técnicas de MIR e NIR apresentaram sensibilidade para identificar as diferenças entre os queijos Minas Padrão e Prato, apresentando potencial para emprego no controle de qualidade de queijos adicionados de probióticos.
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ANTHONIONI PERON DAL SASSO
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CUPUAÇU: BENEFICIAMENTO, PROCESSOS DE SECAGEM E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA.
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Orientador : MAURICIO HENRIQUES LOUZADA SILVA
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Data: 12/07/2023
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Assim como os demais estados pertencentes ao bioma amazônico, o estado de Rondônia possui uma rica biodiversidade de plantas com potencial oleaginoso, que podem ser exploradas. Dentre elas, destaca-se o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), que tem se destacado por suas características sensoriais sendo versátil sua utilização na indústria de alimentos. Objetivou-se com este trabalho estudar o efeito dos diferentes tipos de secagem das amêndoas de cupuaçu e na qualidade da gordura da amêndoa de cupuaçu. Também objetivou obter dados do beneficiamento do cupuaçu, determinando os percentuais de polpa, amêndoa e casca, película e amêndoas. Aplicação de três tipos de secagem nas amêndoas, avaliação da composição centesimal das amêndoas e extração de forma mecânica a gordura das amêndoas de cupuaçu. Avaliar as características físico-química e determinar o perfil de ácidos graxos da gordura de cupuaçu. As amêndoas provenientes de agricultura familiar, no município de Ariquemes-RO, sofreram despelícula (descascamento) e foram submetidas a três tratamentos de secagem: secagem natural (expostas ao sol) durante cinco dias com temperaturas entre 23 °C e 32 °C, com umidade relativa do ar média de 56%. Secagem em estufa com circulação de ar, expostas a 55 °C ±0,5 °C por 33 horas. E, criossecagem (liofilização) com temperatura de operação de -50 °C e pressão entre 50 a 500 mmHg por 18 horas. A extração da gordura das amêndoas de cupuaçu se deu em sistema continuo de prensagem (com eixo helicoidal). Para a composição centesimal das amêndoas de cupuaçu, torta parcialmente desengordurada, realizou as análises de cinzas, lipídeos, proteína e umidade. Avaliou a qualidade da gordura de cupuaçu através das determinações dos índices de acidez, iodo e peróxido, caracterizou o perfil de ácidos graxos através da técnica de cromatografia gasosa com detector de ionização por chama. Recepcionou para beneficiamento média de 144 Kg de cupuaçu, onde obteve média de 49,80 Kg de polpa (34,50%), 31,61 Kg (22%) de amêndoas e casca 62,58 Kg (43,50%). Necessitou realizar a despelícula das amêndoas, sendo realizada antes dos tratamentos de secagem, com média de 31,61 Kg de amêndoas obtidas após beneficiamento e despelícula, obteve 18,96 Kg (59,96%) de película e 12,65 Kg (40,04%) de amêndoas despeliculadas. As amêndoas submetidas aos tratamentos de secagem foram comparadas com amêndoas despeliculadas in natura e como esperado, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) para as análises de cinzas, lipídeos, proteínas e umidade. Após a prensagem mecânica da amêndoa, obteve além da gordura, a torta parcialmente desengordurada de cupuaçu e entre os tratamentos de secagem aplicados, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) para os teores de cinzas, lipídeos, proteínas e umidade, e neste produto, observou teores significativos de proteínas. As gorduras de cupuaçu em suas determinações de acidez, iodo e peróxido, apresentaram diferenças significativas (p<0,05) somente na determinação de acidez, a gordura de amêndoas de cupuaçu secas pela liofilização (MLF) apresentou menor teor de acidez (0,29%). Os índices de iodo e peróxido não diferiram significativamente (p<0,05). Foram identificados os perfis de ácidos graxos palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oleico (C18:1) e Araquídico (C20:0), onde os maiores teores encontrados foram esteárico (C18:0) 33,42% e oleico (18:1) 44,26%. Os tratamentos de secagem das amêndoas de cupuaçu não impactaram na qualidade da gordura de cupuaçu. Acreditava-se que a gordura obtida através da liofilização apresentaria uma melhor qualidade o qual não ocorreu. Diante do exposto, considerando tanto o tempo de secagem e qualidade final do produto, recomenda-se o método de secagem em estufa.
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LEANDRO FAGUNDES MANÇANO
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CINÉTICA DE SECAGEM EM LEITO DE ESPUMA: caracterização físico-química e reológica da polpa e pós obtidos de acerola.
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Orientador : GABRIEL HENRIQUE HORTA DE OLIVEIRA
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Data: 17/08/2023
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O objetivo da pesquisa foi estudar o processo de secagem de polpa de acerola em leito de espuma e as características físico-químicas e reológicas do produto obtido após a secagem. A espuma foi elaborada com 500 g da polpa de acerola com 4% de aditivo (Albumina, Emustab e Liga Neutra), sendo avaliados os dados de densidade e estabilidade. A partir do aditivo com característica mais estável (menor densidade e coalescência), realizou-se a secagem entre 50 e 70°C, de 5 em 5°C, em secador de bandejas até massa constante. Posteriormente, as razões de umidade foram calculadas e os modelos de Lewis, Page, Henderson e Pabis, Logarítmico, Midilli modificado, Aproximação da Difusão e Exponencial de Dois Termos foram ajustados para cada temperatura. A polpa in natura e o pó obtido foram analisados quanto à atividade de água, teor de água, cinzas, pH, acidez total titulável, teor de sólidos solúveis, açúcares redutores, vitamina C, carotenoides totais e cor instrumental. A temperatura com menor efeito nas propriedades físico-químicas foi empregada na análise reológica, após a dissolução do pó em água nas concentrações de 2 a 10% para o ajuste dos modelos Lei da Potência, Herschel-Bulkley, Bingham, Casson e Mizrahi-Berk. Emustab foi o aditivo que permitiu obter uma espuma com maior estabilidade. O modelo Logarítmico foi apropriado para todas as temperaturas, demonstrando um comportamento exponencial na redução do teor de água ao longo do tempo. As propriedades físico-químicas dos pós da polpa de acerola variaram significativamente com o aumento da temperatura de secagem. Entre todas as temperaturas testadas, 60°C foi a mais apropriada para reduzir as alterações na composição nutricional, com resultados de 6.399,305 mg/100g de Vitamina C; 32,669 % de açúcares redutores; 5,006 g/100g de acidez; 82,835 μg/100g de carotenoides; 76,205 de índice de escurecimento. O modelo de Herschel-Bulkley foi o mais adequado para os dados reológicos experimentais, indicando que os fluidos estudados exibem um comportamento pseudoplástico com uma tensão de cisalhamento inicial diferente de zero. Este estudo é uma contribuição para a literatura e indústria alimentícia, pois o pó obtido a partir da secagem de 60 °C, possui potencial para o desenvolvimento de novos produtos, mantendo as características reológicas e físico-químicas mais próximas da polpa in natura.
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FLAVIANE CAPOBIANGO BICALHO BARBOSA
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APLICAÇÃO DO DIÓXIDO DE CLORO NA SANITIZAÇÃO DE LATICÍNIOS
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Orientador : AURELIA DORNELAS DE OLIVEIRA MARTINS
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Data: 05/10/2023
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As doenças transmitidas por alimentos constituem um grande problema de saúde pública, demandando investigações contínuas de novos métodos e tecnologias pela indústria alimentícia. Estes avanços têm como propósito aprimorar os procedimentos de higienização, com vistas a garantir uma maior segurança e qualidade dos produtos. Algumas características são consideradas extremamente relevantes para o uso e aplicação de um sanitizante; como possuir um amplo espectro de ação; ser ativo na presença de matéria orgânica; possuir baixa toxicidade; ser inodoro; estável a temperatura ambiente; acessibilidade econômica; ausência de subprodutos indesejáveis após a sanitização e possuir estabilidade quando forem diluídos. Sendo assim, o objetivo do capítulo 1 foi elaborar uma revisão bibliográfica sobre os sanitizantes utilizados na indústria de alimentos com ênfase nos produtos a base de cloro e dióxido de cloro. Além disso, foram abordados aspectos relacionados à produção, estabilidade e aplicação do dióxido de cloro em laticínios. O segundo capítulo deste trabalho se concentrou na produção da solução estoque de dióxido de cloro, incluindo a determinação da concentração inicial e a avaliação da estabilidade da solução ao longo do período de 14 dias após sua produção, realizada por meio da técnica de titulometria pelo método iodometrico. O teste com o método de difusão em placas foi realizado com os quatro principais microrganismos que podem causar surtos alimentares; Salmonella, Echerichia Coli, Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus. Durante o teste da difusão em placas, preparou uma solução de dióxido de cloro em quatro concentrações diferentes. Uma análise comparativa das médias dos resultados de ATP-bioluminescência (Log URL) foi realizada por meio do teste t para dados pareados com uma probabilidade de 5% antes e após o uso do sanitizante padrão utilizado na indústria de lacticínio bem como o uso do dióxido de cloro. Concluiu-se que, após uma análise das condições operacionais o dióxido de cloro mostrou ótimos resultados de aplicação no tratamento microbiológico no laticínios da empresa parceira.
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MEIRE SANNE APARECIDA ANDRADE
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INDÚSTRIA LÁCTEA, COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUSTENTABILIDADE: estudo de multicasos na Zona da Mata Mineira.
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Orientador : ANDRE NARVAES DA ROCHA CAMPOS
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Data: 14/12/2023
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A crescente conscientização da sociedade com relação à responsabilidade socioambiental vem desencadeando uma transformação no meio industrial. A atenção às questões ambientais está sendo incorporada no cotidiano das organizações, mediante sistemas de gestão ambiental e práticas sustentáveis. Sendo assim, a implementação do marketing sustentável é considerada como uma importante ferramenta a ser abordada pelas empresas. Dentro desse contexto, foi realizado, neste trabalho, o estudo do marketing sustentável na visão de consumidores e de indústrias lácteas, por meio um estudo de casos, envolvendo empresas do setor localizadas na Zona da Mata Mineira. Para atingir estes objetivos, a pesquisa caracterizou-se como descritiva, com abordagem qualitativa, e contou com entrevistas realizadas juntos aos gestores dos Laticínios, bem como com a aplicação de um questionário online aos consumidores via por meio do Google Forms. Observou-se uma postura muito dissimilar entre as empresas com relação ao aspecto ambiental, com empresas bem estruturadas e atuantes no marketing sustentável e empresas que não apresentaram preocupação ambiental em suas ações. Dentre as iniciativas de maior destaque, estão as provenientes de empresas que apresentam política ambiental e que modificaram seu sistema de produção, incluindo reciclagem, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de gases e emissões e energia verde. Também, foram identificadas empresas que investem para obtenção de selos de sustentabilidade e que se envolvem com ações junto à comunidade. Para algumas empresas, foi verificada a utilização do trade marketing e da pesquisa de perfil do consumidor para desenvolvimento de novos produtos. No outro sentido, foram identificadas empresas que não manifestaram preocupação ambiental em suas políticas, sendo identificado, em alguns casos, a prática do greenwashing. O formulário aplicado aos consumidores indicou que eles apresentam preocupação com os aspectos ambientais e que tem consciência de que são necessárias ações de sustentabilidade. Estes estão dispostos a modificarem a sua rotina e consideram a questão ambiental no momento da compra. Porém, eles apresentam, ainda, grande preocupação com o preço e com a oferta dos produtos ecológicos. No entanto, demonstraram que tem disponibilidade para mudar seus hábitos de consumo favorecendo o consumo de produtos verdes. Desse modo, é necessária a sinergia entre a indústria e o consumidor na definição de estratégias e
na identificação de novas tendências. A utilização de estratégias de marketing da sustentabilidade aumenta a credibilidade e legitimidade das empresas, fortalecem sua imagem na área de atuação, além de agregar valor à marca junto aos diversos consumidores. Finalmente, foi elaborado um Comunicado Técnico direcionado para as indústrias lácteas que evidencie as práticas sustentáveis e as ações de Marketing sustentável.
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