Projeto Político Pedagógico

O egresso do curso de Sistemas de Informação deverá ter sólidos conhecimentos técnicos em Tecnologia da Informação e também conhecimentos de administração, que o possibilitem atuar com sucesso em funções de gestão nos diferentes setores da área de TI, em organizações de pequeno, médio e grande porte.

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Espera-se que o egresso seja capaz de analisar os problemas apresentados no seu dia a dia e propor soluções computacionais criativas e de alto desempenho; prospectar novas tecnologias e demandas da sua área de atuação, contribuindo para o desenvolvimento de boas práticas organizacionais.
Alinhado às Diretrizes Nacionais Curriculares para os cursos de Graduação em Computação, estabelecidos pela Resolução CNE/CES n° 5/2016, espera-se que os egressos do curso de Sistemas de Informação:

a) Possuam sólida formação em Ciência da Computação, Matemática e Administração visando o desenvolvimento e a gestão de soluções baseadas em tecnologia da informação para os processos de negócio das organizações de forma que elas atinjam efetivamente seus objetivos estratégicos de negócio;

b) Possam determinar os requisitos, desenvolver, evoluir e administrar os sistemas de informação das organizações, assegurando que elas tenham as informações e os sistemas de que necessitam para prover suporte às suas operações e obter vantagem competitiva;

c) Sejam capazes de inovar, planejar e gerenciar a infraestrutura de tecnologia da informação em organizações, bem como desenvolver e evoluir sistemas de informação para uso em processos organizacionais, departamentais e/ou individuais;

d) Possam escolher e configurar equipamentos, sistemas e programas para a solução de problemas que envolvam a coleta, processamento e disseminação de informações;

e) Entendam o contexto, envolvendo as implicações organizacionais e sociais, no qual as soluções de sistemas de informação são desenvolvidas e implantadas;

f) Compreendam os modelos e as áreas de negócios, atuando como agentes de mudança no contexto organizacional;

g) Possam desenvolver pensamento sistêmico que permita analisar e entender os problemas organizacionais.

O curso de Sistemas de Informação do IF Sudeste MG – Campus Manhuaçu encontra-se fundamentado na orientação da formação baseada em habilidades e competências do egresso, conforme Resolução CNE/CES nº 05, de 16 de novembro de 2016. Para o desenvolvimento dos conteúdos previstos nas ementas das disciplinas os professores do curso poderão fazer o uso de vertentes da educação 4.0 para promover suas estratégias de ensino-aprendizagem ativas e inovadoras. A educação 4.0 se baseia em um novo paradigma onde o ensino se apoia na revolução industrial 4.0 utilizando avanços da tecnologias digitais de Informação e Comunicação (TICs) integrada à inteligência artificial, robótica, internet, IoT (Internet das coisas), redes 5G, entre outros. Dessa forma o discente pode reestruturar sua experiência de aprendizagem por meio da tecnologia (FÜHR 2018; OLIVEIRA et al 2020; PANIAGUA e ISTANCE, 2018).

Uma das principais responsabilidades dessa reestruturação é o conceito baseado em learning by doing. Através de métodos ativos unidos com as TICs os discentes aprendem autonomamente construindo a própria experiência. Outro conceito abordado nesse sentido vem da cultura maker, que propõe que o aluno faça por “ele mesmo”. Por conta disso, as TICs utilizadas em sala de aula devem auxiliar o discente na organização e sintetização do conhecimento transformando-o em sabedoria.

O docente do curso tem o papel de contribuir para que o educando desenvolva as suas competências no contexto da era digital, fazendo com que os alunos se tornem autores de suas próprias vidas. Os professores do curso poderão adotar estratégias de ensino-aprendizagem que estimulem os discentes à investigação, autonomia, resoluções de problemas, produções de narrativas digitais e ao desenvolvimento de atividades maker, feedback constante através das TIC, integração de tecnologias digitais para o ensino universal, ao trabalho e planejamento em equipe, desenvolvendo os chamados “soft-skills” discentes: pensamento científico e criativo, comunicação, cultura digital, argumentação, autoconhecimento, autonomia, cooperação e responsabilidade (FÜHR 2018; MOMETTI et al 2020).

Outros exemplos de metodologias e estratégias de ensino-aprendizagem poderão incluir Tempestade Cerebral, Phillips 66, Grupo de Verbalização e de Observação (GV/GO), Resolução de Problemas, Mapa Conceitual, Estudo Dirigido, Aprendizagem Baseada em Projetos, Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem Baseada em Equipes, Sala de Aula Invertida (MARCHESAN et al, 2017; ONUCHIC et al, 2014; MOURA; CICUTO, 2020; TERÇARIOL e AFECTO, 2022), entre outras a critério do docente da disciplina.

Para dar apoio às metodologias e estratégias de ensino-aprendizagem exemplificadas, considerando habilidades e competências específicas da área, o Campus conta com recursos e espaços diferenciados, tais como: Tablets, Kits Arduino com diversos módulos, sensores e atuadores, componentes eletrônicos e digitais, servidores web, equipamentos de realidade virtual, computadores e notebooks de alto desempenho computacional, equipamentos de redes de computadores, tais como roteadores, racks de redes, switches, entre outros, espaços de discussões, laboratórios de informática com acesso à Internet, entre outros.

No que tange a acessibilidade metodológica é importante que todos os discentes possam seguir uma trajetória acadêmica inclusiva para a permanência e conclusão com êxito, incluindo aqueles que necessitarem de recursos de tecnologia assistiva, materiais adaptados, Plano Educacional Individualizado (PEI) e acompanhamento do Núcleo de Ações Inclusivas, com apoio da Coordenação de Curso, Direção de Ensino, professores e outros servidores do campus.

A avaliação é parte fundamental do projeto pedagógico do curso, tendo como foco o aperfeiçoamento contínuo do curso por meio de um conjunto de ações sistematizadas.

A avaliação deve, portanto, estar articulada com os processos decisórios e deve ser concebida como uma ferramenta construtiva, que promova melhorias e inovações. A avaliação do curso será composta por um conjunto de ações como a avaliação do desempenho dos alunos, níveis de evasão do curso, grau de aproveitamento dos alunos nas disciplinas, índice de retenção em cada disciplina, perfil dos egressos assim como o seu acompanhamento, dentre outras. Estas ações deverão ser realizadas de forma contínua e sistemática, proporcionando bases e dados históricos que deverão subsidiar as decisões a serem tomadas com foco na melhoria contínua do curso. Neste processo, deverá haver avaliação com os egressos do curso com o objetivo de mapear a atuação deste egresso no mercado de trabalho, os cursos de pós-graduação ou de curta duração que realizaram, se a área de atuação do egresso está relacionada com a área de formação, região onde está trabalhando, dentre outras informações que possibilitem a compreensão sobre quais ações devem ser tomadas, relacionadas ao curso, que possam contribuir para a vida egressa dos discentes e para a qualidade do curso.

Deve ser criada sistemática de acompanhamento para que as atividades do curso, assim como o conteúdo ministrado nas disciplinas, os conhecimentos disseminados ao longo do processo de formação profissional e demais atividades desenvolvidas estejam alinhadas ao contexto local, regional e nacional, bem como propicie uma formação técnica de qualidade, mas também a nível político, social, ético e moral. O acompanhamento sistemático inclui a criação de índices internos que poderão ser mensurados ao longo do curso e que auxiliarão a compreensão sobre o desempenho geral do curso. Adicionalmente, índices externos como a nota no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, Conceito Preliminar de Curso - CPC e o Conceito de Curso – CC deverão ser avaliados em conjunto com os índices internos para formação de uma visão mais abrangente do curso. Também será levado em consideração as avaliações da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e outros instrumentos avaliativos pertinentes. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído pela Lei de nº 10.861, também faz parte do processo de avaliação do ensino-aprendizagem do curso.

O Colegiado do Curso, juntamente com o Núcleo Docente Estruturante – NDE auxiliarão e acompanharão o processo de criação de indicadores internos, bem como na condução das ações a serem desempenhadas no acompanhamento e avaliação do curso. Os resultados da avaliação do curso deverão ser analisados em conjunto pelos docentes do curso, assim como Colegiado do Curso e NDE a fim de traçarem ações necessárias para a melhoria contínua do curso. Estas ações incluem alteração de conteúdo programático de disciplinas do curso, alteração de pré-requisito de disciplinas, a ordem com que as disciplinas são ofertadas, oferta de novas disciplinas obrigatórias e optativas, sugestão de mudanças na forma de avaliação dos alunos, orientações sobre o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, inclusão de novos conteúdos no curso que atualizem o curso em função de novas tecnologias da área de Sistemas de Informação, adesão do curso a novos regulamentos e legislação, dentre outras.

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